A Polícia Civil de Vilhena desvendou as condições da morte de Luís Carlos Ribeiro dos Santos, encontrado na Linha 135 Zona Rural, no dia 23 de fevereiro de 2020. Luís foi localizado por uma testemunha à época, e depois de algum tempo de investigação, a testemunha virou suspeita de assassinar Luís Carlos.
De acordo com os relatos, o suspeito teria localizado o corpo da vítima durante a manhã e ao invés de chamar pela polícia ele teria ido até um vizinho. Os dois decidiram avisar familiares de Luís, que foram até a casa imaginando que se tratava de uma morte por condições naturais. Entretanto, quando foram mover o corpo, os familiares notaram que havia uma mancha de sangue na cama.
Somente então a polícia foi chamada ao endereço e colheu os dados sobre um possível homicídio. No momento dos depoimentos, os policiais foram informados de quem teria encontrado o corpo de Luís, no entanto, a testemunha estava muito nervosa. Como o homem já era conhecido por ter passagens de ameaças contra o próprio pai (incluindo ameaças de morte), ele ficou sob suspeita.
No desenrolar da situação, a investigação prendeu uma terceira pessoa que constava um mandado de prisão em aberto em seu nome. No local, onde a testemunha residia, foram encontradas munições – motivo pelo qual ele foi preso. Enquanto estava em cárcere, o homem apresentava comportamento muito estranho. E nesse instante, a investigação recebeu a informação de que havia uma arma no sítio onde residia o suspeito. Depois de algum tempo de procura, um saco com armas foi localizado.
Enquanto investigavam as relações pessoais da vítima, a polícia descobriu que o suspeito e Luís eram amigos. A suposta testemunha ia até a casa da vítima tomar café todos os dias, almoçava e passam tempo juntos. Inclusive, os dois se desentendiam frequentemente, ameaçavam um ao outro, mas acabava ficando somente nisso.
Na noite anterior ao crime, segundo apurado, os dois homens presos e a vítima estiveram juntos bebendo na companhia de outros amigos. Por volta das 9h00min eles foram embora, e como Luís possuía um problema na perna o suspeito ajudou a vítima a ir para casa.
Depois que as armas foram localizadas pela Polícia Civil, o suspeito se sentindo pressionado deu sua versão do depoimento. Segundo ele, ambos teriam entrado em discussão já que a vítima queria mais bebida alcóolica e ele não tinha para oferecer. A vítima então ameaçou que iria ‘dar um jeito para que aparecesse’, e saiu por dentro da mata que separava as moradias.
O suspeito então teria seguido a vítima já armado, e se escondeu espreitando Luís pela janela do quarto. A vítima então teria sentado na cama e abaixou para pegar alguma coisa. O homem pensou que se tratava de uma arma e atirou contra o peito da vítima, que caiu em óbito.
O Delegado de Polícia Civil, Núbio Lopes, explicou que o suspeito foi indiciado por homicídio, já que o motivo para a morte foi fútil. Além disso, alguns detalhes apontaram para o fato de que não havia nenhuma arma na casa da vítima, ponto reforçado por depoimento de testemunhas.