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Aparelho de Raio-X some em Corumbiara; em 2016 empresário já havia protocolado denúncia no MP


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Esta é a segunda vez que o empresário e cidadão de Corumbiara, Claudinei Marcon registra denuncia relacionada a um aparelho de Raio-X que foi destinado para atender a população do município. Em 2016, o pioneiro protocolou no Ministério Público do município de Cerejeiras uma denúncia contra o, então prefeito na época, Deocleciano Ferreira (PTB).

Na época, o aparelho já estava há cinco anos guardado na caixa, nas dependências da FUNASA do município. Destinado para atender a população de Corumbiara, o aparelhou foi adquirido no mandato do ex-prefeito (in memorian) Silvino Boaventura, entre 2010 e 2011, e que segundo a administração de 2016, comandada por Deocleciano, o Raio-x estava inativo por falta de recursos para custear a montagem e manutenção do aparelho.

“Denunciei em 2016, porque o Ministério da Saúde iria levar o aparelho embora, aí protocolei a denúncia e o MP determinou que o aparelho ficasse em Corumbiara e fosse instalado”, o denunciante ainda relata que o ex-prefeito Deocleciano iniciou a reforma de uma sala para poder instalar o aparelho, mas não o fez.

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Quatro anos depois, a denúncia volta a ser feita no MP de Cerejeiras e também na Polícia Federal de Vilhena, porém protocolando o desaparecimento da principal peça do Raio-X. Segundo Claudinei, ele foi procurado pela população e tomou conhecimento de que o painel do Raio- X havia sumido misteriosamente do almoxarifado localizado no Hospital municipal de Corumbiara.

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“Essa peça sumiu de dentro do Hospital. Algumas pessoas sentiram falta do aparelho e vieram me contar que ele simplesmente não estava mais no almoxarifado da unidade hospitalar”, conta o cidadão que registrou a denúncia.
Em contato com a atual Secretária Municipal de Saúde de Corumbiara, revela que assumiu há pouco tempo a pasta e que tomou conhecimento dos fatos recentemente. A secretária conta que foi aberto esse ano, uma sindicância para apurar os fatos.

A nossa reportagem entrou em contato com o atual diretor da unidade hospitalar, Fábio Carvalho, e ele conta que assumiu a direção do Hospital há 1 ano e 6 meses e que não tinha conhecimento de que o aparelho estaria guardado no almoxarifado do hospital.

“Fui procurado por uma equipe do município de Cerejeiras, assim que assumi a direção do Hospital, pois eles solicitaram emprestado uma peça do aparelho do Raio-X, identificada como tubo, informando que a peça do aparelho deles havia queimado. Busquei informações e antes realizei uma reunião com o comitê municipal de saúde e solicitei essa peça. Chamamos a equipe de Cerejeiras e acompanhado do Comitê fomos até o local para pegar essa peça só que quando chegamos ela não estava mais lá”, conta o diretor alegando que diante dos fatos, registrou um boletim de ocorrência na polícia local.

Questionado sobre o porquê de o aparelho não ter sido instalado nesta administração do atual prefeito Laércio Marchini, Fábio alega que a Anvisa havia interditado o prédio pois o espaço não era adequado para a realização dos exames. Sendo então, solicitada uma nova unidade para instalar o aparelho.

Sem o Raio-X, os pacientes de Corumbiara continuam sendo encaminhados para realizarem exames em outros municípios, gerando despesas para os cofres da prefeitura. Segundo informado pelo denunciante nos últimos meses, a cidade de Cerejeiras realizou mais de 200 exames de raio-x somente de moradores de Corumbiara. Além disso, outras despesas entram nessa lista para o transladado dos pacientes, sendo ambulâncias, combustíveis, diárias para motoristas e servidores da saúde.

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