A denúncia foi feita por um médico de plantão no hospital São Lucas de Cerejeiras que, diante da gravidade do caso, acionou a Polícia Militar, conforme narra o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Polícia.
Ao chegar na unidade de saúde, os militares foram informados de que se tratava de uma briga de casal, sendo que, uma das mulheres deu entrada com queimaduras no tórax, pescoço e mão.
Aos policiais, a vítima revelou que vive maritalmente com a agressora. Ela também disse que comemorava seu aniversário, mas que, em determinado momento, iniciou uma discussão com sua companheira, resultando em luta corporal.
Com os ânimos exaltados, a agressora se apossou de um canivete e começou a se auto lesionar no pulso e braços, provocando ferimentos. Ela disse ainda que, de repente, a companheira pegou um frasco de álcool, jogou nela e ateou fogo em seu corpo, atingindo o tórax, mão e pescoço.
Ao ouvir a versão da agressora, esta confessou à polícia que havia mais uma pessoa no local, referindo-se a um homem.
A agressora contou que, no meio da confusão, foi agredida por este homem com um soco, lhe causando hematomas na face, lábios e olhos. Falou aos policais que, em seguida, se auto mutilou com um canivete, provocando vários cortes e perfurações no braço e pulso.
Confessou ter se apossado de um frasco de álcool e ateado fogo em sua companheira, mas que, arrependida do ato tresloucado, teria tentado apagar as chamas com as próprias mãos, momento em que teria se queimado também.
Ambas receberam atendimento ambulatorial no hospital de São Lucas. A polícia tentou localizar o homem, mas este não foi encontrado em sua residência. Porém, ele deve responder pelo crime de lesão corporal, assim como a agressora.