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Rondônia: Indígenas Paiter Suruí divulgam pedido de ajuda devido ao avanço da Covid-19 nas aldeias

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(Foto: G1RO)

O avanço da Covid-19 em terras indígenas tem deixado vítimas em diversas aldeias em todo o país. Em Rondônia, lideranças do povo Paiter Suruí divulgaram em redes sociais um pedido de ajuda para conter a doença na região, e solicitam providências das autoridades.

De acordo com as lideranças, só na Terra Indígena Sete de Setembro, localizada na região de Cacoal (RO), já são 41 casos confirmados da doença, sendo que quatro pacientes estão internados em estado crítico.

“O pedido de socorro do povo Paiter Suruí saiu a partir da necessidade do povo Paiter no enfrentamento da Covid-19. A nossa aldeia está realmente com grande dificuldade de infraestrutura para o enfrentamento dessa doença, portanto, vimos que era uma necessidade alertar organizações que são responsáveis por combater essas doenças”, explica Almir Suruí, uma das lideranças que assinam a carta.

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O líder Celso Lamitxad Suruí ainda ressalta que além dos indígenas diagnosticados com o novo coronavírus, há um grande número de casos suspeitos.

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“Infelizmente todas as pessoas que residem nessa ladeia estão com sintomas da Covid, então estamos precisando muito de apoio e suporte técnico das equipes de saúde indígena”, afirma.

No documento, as lideranças ainda afirmam que, mesmo com a situação grave, medidas urgentes não estão sendo tomadas para conter o avanço dos vírus nas aldeias, e que indígenas em estado grave ainda não foram transferidos para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por falta de leitos.

“Chegou esse vírus na aldeia Sete de Setembro e em vários lugares os índios estão passando muitas dificuldades por isso. Até nos hospitais não tem lugar para o índio”, diz Anine Suruí.

Entre as medidas solicitadas estão: a instalação de um Hospital de Campanha com UTI para atender os povos indígenas; contratação de mais profissionais de saúde para atenderem nos Dsei e nos postos de saúde indígena dentro das aldeias; testes para serem realizados nas aldeias; e a criação de um Comitê de Diálogo.

A coordenadora do Dsei em Vilhena, responsável pela região onde está localizada a TI Sete de Setembro, informou à Rede Amazônica que existe uma equipe de saúde na aldeia, com enfermeira, que faz parte do plano de contingência para o enfrentamento da doença. Também disse que foram adquiridos testes rápidos, contratados mais profissionais e intensificadas as ações de educação em prevenção à doença. Solange ressaltou a importância dos indígenas permanecerem nas aldeias, pois o isolamento no momento de pandemia é fundamental para evitar a propagação da doença.

Confira a carta na íntegra:

“O Povo Paiter Suruí, através desta carta, vem expor a atual situação da comunidade em face do Corona Vírus que atingiu as aldeias e exigir das autoridades responsáveis medidas urgentes para a contenção da doença e tratamento dos indígenas infectados.

O Corona Vírus já atingiu a Terra Indígena 7 de Setembro e atualmente existem 41 casos de indígenas que foram infectados, 13 casos de indígenas que permanecem com o vírus ativo e 4 indígenas em estado crítico de saúde que se encontram internados.

Esta situação não é fato isolado do Povo Paiter Suruí, pois várias comunidades indígenas do estado de Rondônia e do Brasil se encontram do mesmo jeito, chegando em Rondônia a 9 óbitos e 304 infectados apenas no polo do DSEI Vilhena.

Apesar da grave situação do Povo Suruí medidas urgentes ainda não foram tomadas para conter o vírus dentro das comunidades e os indígenas em estado grave que correm risco de morte ainda não foram transferidos para a UTI por falta de leitos.

Diante da situação exposta, o Povo Paiter Suruí vem solicitar imediata providencia das autoridades responsáveis:

Instalação de um Hospital de Campanha com UTI para atender os povos indígenas de Rondônia e Mato Grosso atendidas pelos DSEI Porto Velho e Vilhena;

Contratação de mais profissionais de saúde para atenderem nos DSEI e nos postos de saúde indígena dentro das aldeia, com equipamentos e medicamentos necessários para atender os casos de COVID.

Teste para ser feito em todos os indígenas, que apresentem os sintomas de Covid;

Divulgação diária por povo indígenas junto as suas Associações e comunidades.

Criação de um Comitê de Diálogo composto por representantes dos povos indígenas, parceiros (ONGS) e profissionais de saúde.

Nos colocamos à disposição para mais informações ou esclarecimentos.”

Covid-19 em aldeias indígenas

19.469 indígenas foram diagnosticados com o novo coronavírus em todo o país até a última sexta-feira (14) e 334 vieram a óbito de acordo com o boletim divulgado pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Governo Federal. No entanto, para a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), esse número é bem maior, com 25.311 infectados e 673 mortos.

Só na Amazônia Legal – que compreende os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins – mais de 17,4 mil casos de Covid-19 foram confirmados em 123 povos indígenas, com 564 mortes.

Em Rondônia, já são 15 indígenas vítimas da doença e 682 contaminados em 13 povos espalhados pelo estado, segundo dados levantados pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coaib) até o dia 10 de agosto.

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