Uma densa cortina de fumaça está concentrada há vários dias no céu de Porto Velho, resultado dos incêndios ocorridos dentro e fora do município.
Para se ter uma ideia nos sete primeiros dias de agosto o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) calculou 500 focos de queimadas no estado, superando o mês passado, julho. Sendo a Capital a cidade com o maior número de registros em todo o estado, com 234 focos de incêndios registrados.
Os números apontam que o início do mês agosto já superou o número de focos de calor em Rondônia em comparação com o mês de julho, porém o índice é 66% menor que do ano passado nesse mesmo período.
Além da fumaça o verão amazônico contribuiu para as altas temperaturas. Em todo estado há dois meses não chove fazendo com que o clima ofereça características desérticas.
Os feitos da fumaça também podem agravar a situação da Covid-19. Segundo a Secretária municipal de saúde (Semusa), Eliana Pasini, a recomendação é para que as pessoas redobrem os cuidados com o novo Coronavírus, já que o vírus ataca principalmente os pulmões.
De acordo com o Corpo de Bombeiro a fumaça na capital deverá aumentar nos próximos 15 dias. A cortina cinzenta estacionada sobre Porto Velho não pode ser atribuída somente aos incêndios dentro do município, pois são resultados de crimes ambientais no estado do Amazonas e Acre.
Ontem (12) o Governo de Rondônia e a 17ª Brigada de Infantaria de Selva realizaram o lançamento do aplicativo Guardiões da Amazônia que auxilia as ações de fiscalização das queimadas na região.
As denúncias de queimadas ilegais em Rondônia podem ser realizadas pelos números: 193 e 0800 647 1150. Também pode ser denunciado através do download gratuito do APP Guardiões da Amazônia, onde a população pode promover a denúncia, de forma fácil e rápida.