Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) demonstra que o governo não gastou nem um terço da verba para combater a pandemia e atrasou a entrega de respiradores
O Ministério da Saúde gastou apenas 29% da verba emergencial prevista para combater a pandemia de Covid-19 , segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU).
Dos R$ 38,9 bilhões prometidos, R$ 11,4 bilhões foram gastos pelo governo federal até 25 de junho, aponta reportagem dos jornalistas Fábio Fabrini e Julio Wiziack na Folha de S.Paulo, mostrando que as despesas ficaram muito aquém do previsto.
A lentidão na execução de despesas ocorreu em meio ao caos político e administrativo e de conflitos com gestores locais.
Jair Bolsonaro minimizou a gravidade da epidemia, se opôs à estratégia de distanciamento social adotada por governadores e prefeitos e recomendada pela Organização Mundial de Saúde e pela comunidade médica nacional .
Durante a pandemia dois ministros (os médicos Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich) foram demitidos da Saúde, que ainda está com um interino no cargo, o general Eduardo Pazuello.
O MPF (Ministério Público Federal) abriu inquérito para apurar insuficiência e lentidão da execução orçamentária do ministério, além de omissão no socorro financeiro aos estados e municípios.