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“É preciso consciência”: Prefeito de Vilhena pede à população que respeite medidas de proteção contra Covid-19


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(Foto: Divulgação/Redes Sociais)

“Estamos fazendo a nossa parte: contratando mais médicos, melhorando estrutura, comprando medicamentos. Nós gostaríamos que o mínimo de pessoas usasse esse serviço, precisem chegar a isso. Fazemos campanha, instruímos e orientamos, mas muitas pessoas ainda não acreditam na proporção do problema e isso é triste”.

Foi com essa declaração que o Prefeito Eduardo Tsuru – popularmente conhecido como Eduardo Japonês – começou sua entrevista ao Folha de Vilhena, nesta sexta-feira (26 de junho). Ele relatou os procedimentos que estão sendo tomados no município, e a falta de empatia da população com a situação em que Vilhena está mergulhando, com uma nova alta nos registros de casos positivados para Covid-19.

Nessa quinta-feira (25), o município registrou 37 novos casos confirmados. Ao mesmo tempo, 34 vilhenenses entraram para o quadro de suspeitos. Na cidade há duzentos e oito casos ativos, 215 recuperados e 3 pacientes transferidos. Quatro moradores já vieram a óbito, vítimas do Covid-19, somando-se a eles um morador de outro Estado. Até o momento, já foram confirmados 428 casos positivos.

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Eduardo ainda confirmou que, em sua análise sobre a alta nos casos de Covid-19 até o momento, o pico será registrado aproximadamente no mês de julho. Segundo ele, as pessoas não estão levando à sério o distanciamento social e as medidas de segurança e prevenção, lotando as ruas da cidade e desrespeitando faixas usadas para fechar locais (como o parque ecológico).

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“Nesse fim de semana, fechamos com faixa um estabelecimento. Pouco depois as pessoas voltaram, arrancaram as fitas e voltaram para lá. É uma situação bem complicada, tem hora que a gente até lamenta, mas acabamos fazendo tanto para que as pessoas não se preocupem em contribuir com sua parte”, Eduardo lamentou.

CENTRAL DE ATENDIMENTO À COVID-19

Sobre as reclamações recebidas de vários moradores a respeito da Central de Atendimento à Covid-19, o Prefeito Eduardo Japonês pediu a todos calma. Ele ressaltou o trabalho árduo que os profissionais do local estão desempenhando, e a extensa carga horária que enfrentam diariamente para conseguirem atender todos os pacientes de forma satisfatória.

Eduardo afirmou que mais de 70 servidores estavam afastados, comprometendo o quadro da Saúde, e que estes já estão retornando aos seus postos depois de cumprirem quarentena. Também anunciou a contratação de novos funcionários, o que possibilitará uma melhora no atendimento.

Os pacientes que estão indo até o local estão sendo atendidos normalmente, examinados e mandados para casa em situações que não enquadram emergência. Mesmo os que só apresentam sintomas, já recebem um kit de medicamentos oferecidos pelo Centro.

VÍTIMA FATAL

Eduardo também comentou sobre a fatalidade envolvendo um paciente que recusou atendimento e foi para casa. O vilhenense, que era pastor, teria recusado ficar internado e até mesmo chegou a assinar um termo de responsabilidade, antes de ir para casa amparado por familiares.

Pouco tempo depois, passou mal e precisou ser internado em estado de emergência, porém já era tarde. O pastor veio a óbito algum tempo depois, na cidade de Vilhena.

PREVENÇÃO

O Prefeito alertou à população para que comece a seguir estritamente as medidas de prevenção ao Covid-19. Como exemplo, apontou sua própria contaminação, para ilustrar a necessidade de cumprir o isolamento social e o distanciamento.

“Mesmo tomando todos os cuidados, ainda acabei contraindo a doença. Imagina essas pessoas que não estão ligando para a gravidade da situação e agem como se o Covid-19 não existisse”, ele comentou. Eduardo e a esposa testaram positivo para o vírus durante a última semana, cumprindo no momento isolamento domiciliar a fim de evitar propagar a doença.

Para finalizar, ele lamentou a situação em que Vilhena se encontra e afirmou que o município está tomando todas as providências para evitar que o vírus se espalhe e cause um Lockdown. “No entanto, as pessoas também precisam fazer sua parte. Se não cumprirem as medidas, acabaremos precisando futuramente tomar decisões mais drásticas”.

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