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Vilhena: em cinco anos, dobram o número de profissionais autônomos na cidade


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O ramo do microempresário está ganhando cada vez mais força, tendo um bom significativo desde 2019. No Brasil, até maio de 2020 pelo menos 10 milhões de trabalhadores já atuavam na área autônoma. Em janeiro eram pouco mais de 9,5 milhões, tendo um crescimento de quase meio milhão de MEI’s. Impulsionados por novas oportunidades econômicas, liberdade para gestão e horários autorreguláveis, os brasileiros têm inúmeros motivos para se tornarem Microempreendedores Individuais.

Dorcas Souza (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)

“Trabalhando para mim mesma, sendo autônoma, descobri que teria mais tempo para minha família e amigos, fazendo meu próprio horário. Não tem aquele cronograma fixo das sete às onze, etc. Eu mesma faço a minha carga horária”, explicou Dorcas Souza, vilhenense dona da loja Arte e Cor. A microempresária trabalha no setor de artesanato e alimentos, e garante ter ‘se encontrado’ na área.

Em Rondônia existem 58.648 MEI’s cadastrados, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE). Desses quase 59 mil, 4.013 trabalhadores atuam na cidade de Vilhena, como é o caso de Dorcas. Ela abriu sua empresa há aproximadamente três anos, acompanhando a crescente onda de MEI’s no município.

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“Tudo começou há cinco anos atrás. No meu antigo trabalho, fiz uma cuca alemã recheada e a minha ex-patroa me incentivou a começar a vender, e foi onde comecei a ter gosto pelo trabalho autônomo. Como já gostava do artesanato, dei continuidade aos dois”, contou Dorcas. A partir de suas produções, surgiram algumas encomendas em família e desde então sua empresa tem alcançado espaço no mercado.

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Buscando consolidar sua própria marca, Rita Saito também procurou o MEI como uma oportunidade de lançar sua empresa de calçados. A ex-comerciante decidiu abrir o negócio há dois anos em Vilhena, e desde então tem obtido muito sucesso com as vendas. “O município vilhenense tem um ótimo mercado para a minha área. A população foi e continua muito receptiva comigo. Gratidão, é esse o meu sentimento para com o meu trabalho e meus clientes”, descreve a empreendedora em entrevista.

Rita Saito (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)

Seus produtos são anunciados principalmente por meio dos perfis oficiais da empresa nas redes sociais. O negócio, que começou com uma oficina improvisada em um cômodo da casa, agora já conta com um espaço mais amplo e específico para que a vilhenense possa deixar sua criatividade construir lindas sandálias e rasteirinhas, além de outros estilos de calçados.

Indo na contrapartida de Dorcas e Rita, Jesica Labajos decidiu entrar na área autônoma há quatro anos, buscando ter uma renda extra além da que já tirava como assessora de imprensa. “Eu aprendi tudo pela internet, comprei minha máquina de costura, e depois fiz um curso básico de corte e costura pelo Senac”, ela narra ao relembrar seus primeiros passos como empreendedora autônoma.

Jesica trabalha atualmente como artesã (com foco na costura) e empreendedora do Grupo Hinode, sendo proprietária do Lacre Ateliê Véus de Maria. “Eu ainda preciso me inscrever no MEI, até mesmo para poder participar de Feiras de Artesanato, mas após a pandemia pretendo fazer alguns cursos e me dedicar ainda mais para poder crescer mesmo na área. Pretendo no futuro não precisar mais trabalhar para terceiros, quero fazer a minha própria renda, porque aqui posso adaptar meus horários e administrar o dinheiro que lucro mensal”, ela garante.

AS DIFICULDADES

Os microempreendedores também encontram muitas dificuldades, enquanto tentam se estruturar no mercado de trabalho. Desde a desorganização dos horários até matérias-primas e conquista de clientes, é preciso ter persistência para conseguir seguir firme na autonomia empresarial.

“Entre as principais dificuldades que encontrei no mercado está o reconhecimento do valor do trabalho artesanal. E também encontrar matéria prima local”, relata Dorcas Souza. Esse é um problema encontrado não só em sua narrativa, como também de muitas outras artesãs da cidade. Os custos tanto na obtenção da matéria-prima quanto dos fretes acabam causando desgosto em muitas profissionais da área.

Jesica Labajos (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)

Jesica Labajos também cita suas dificuldades no ramo da costura. A artesã comentou que seu desafio na área foi principalmente a paciência. “Para você trabalhar na área do artesanato, das costuras pequenas e de roupas, é preciso ter paciência e dedicação. Eu errei muito tecido na hora de cortar, costurava algumas peças errado, porque não tinha noção de quase nada. Tudo o que aprendi foi no Youtube, na internet e no curso básico”.

Além disso, ela também analisa os obstáculos da administração na profissão autônoma. Controlar o que é gasto e o que é ganho muitas vezes está diretamente ligado à precificação, e como confirma Jesica, ‘muitas vezes é difícil colocar um preço justo e confortável para quem vende e quem compra’. Isso porque, o trabalho artesanal vai muito além do produto, envolvendo também a mão de obra, serviços terceiros usados na produção e entrega, tempo e investimento.

Para Rita Saito, são esses percursos que causam a principal dificuldade do microempreendedor individual. Ter que cuidar de todas as áreas, compra, produção, venda, parte burocrática, dentre outras, acaba esgotando as energias do MEI.

PROFISSIONAIS AUTÔNOMOS COM ORGULHO

“Tem que ser persistente, e não desistir, porque vai chegar um momento que vai dar o desânimo se a venda cair, ou se surgir bastante orçamento e o cliente não fecha. Então tem que ser persistente”, orienta Dorcas. Apesar dos desafios em empreender por conta própria, ela afirma: “Hoje eu posso tirar um dia para resolver pendências fora de casa. Depois de um tempo criei um Instagram, uma página no Facebook, porque antes eu postava somente no meu perfil pessoal. E aos poucos vai chegando a mais pessoas, já vendi inclusive para uma cliente de São Paulo”.

Movidos pelas condições do mercado atual, muitos vilhenense têm ingressado também na área. Para esses, fica o exemplo das três empreendedoras e seus conselhos. “Para ser um bom profissional, é preciso ter a organização. Planejar, não ter medo de arriscar, de pedir ajuda, precisa ter o controle das finanças e etc. São várias coisas que tornam um autônomo um bom profissional. E com a ajuda do Sebrae, isso se torna muito mais fácil”, garante Rita Saito.

“Costumo dizer que o sol brilha para todos, em Vilhena. Algumas pessoas têm medo de levarem seus produtos artesanais para as Feiras, porque outras artesãs já estão vendendo os mesmos produtos lá. Mas, se todos pensarem assim, ninguém vai vender mais nada. Tem muitas artesãs e costureiras? Sim. Porém o sol está aí para todas nós, e cada uma vai se adaptando à forma que mais lhe convém”, finaliza Jesica Labajos.

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