A acadêmica Renata Lima dos Santos (30 anos) deixou seus familiares há sete dias, após uma suposta complicação de dengue em Vilhena. Filha de Francisco e Lucia Francisca, Renata nasceu em Campo Sales, no Estado do Ceará. Renata morreu no dia 11 de março, em uma cadeira hospitalar, enquanto aguardava um leito no Hospital Regional de Vilhena.
A irmã de Renata procurou o Folha de Vilhena para se pronunciar sobre o ocorrido. “Ela era uma guerreira, uma mulher sonhadora. Para ela nada era motivo para desistir, Renata era simplesmente uma mulher/irmã incrível, que partiu deste mundo”, relatou ela.
Deixando esposo e uma filha de oito anos, a moradora trabalhava e estudava Psicologia. Além do esposo, filha e pais, também deixou saudades nos corações dos seis irmãos.
“Renata amava dançar, ser ela mesma. Minha irmã encantava todo mundo, era honesta. Falava a verdade e agia com sinceridade sempre. É assim que vamos nos lembrar dela eternamente”, se emocionou a irmã da vítima.
A FATALIDADE
Renata deu entrada no hospital pela primeira vez na segunda-feira, sentindo dor abdominal e náuseas. Depois de ser atendida rapidamente, precisou retornar na terça e quarta-feira, data em que os médicos perceberam que ela apresentava plaquetas baixas.
A irmã de Renata, que a acompanhou durante todo o processo, narrou que com o diagnóstico da paciente houve apenas um tratamento simples com remédio para dor e soro. “Ela ficou sentada 7 horas numa cadeira hospitalar, sentindo muita dor. Mas infelizmente, a dor dela foi mais forte, pois ela não aguentou mais”, relatou a irmã ao dizer que Renata chegou a sofrer parada cardíaca e AVC na cadeira onde aguardava na sala de medicação.
Depois de ter sofrido a parada, Renata foi levada para uma sala vermelha onde tentaram reanimá-la. Infelizmente, a paciente foi induzida ao coma e durante a madrugada acabou vindo a óbito.
A FAMÍLIA CONTRA O HOSPITAL
A irmã de Renata ainda narrou ao Folha que a família está entrando com uma ação contra o Hospital Regional de Vilhena. “Houve negligencia médica, pois se na primeira vez o médico tivesse solicitado os exames para tratar dessa plaqueta baixa, ou essa suposta dengue hemorrágica…’’, comentou a irmã.