O prefeito de Sapezal (529km de Cuiabá), Valcir Casagrande (PSL), enviou um áudio a um grupo de comerciantes da cidade, afirmando que iria liberar o funcionamento do comércio, mas alertou que, caso a decisão desse errado, já tinha uma “lista dos que o pressionaram” e que não iria responder sozinho.
Já na manhã desta quinta-feira (26), ele liberou o funcionamento de estabelecimentos comerciais, restaurantes e academias na cidade. O Olhar Direto teve acesso ao áudio, enviado via WhatsApp a um grupo de comerciantes. Nele, o prefeito diz concordar com o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, mas que tem medo que “esse povo da mídia tenha um pouco de razão”.
“Eu vou baixar um novo decreto, mas se chegar de acontecer o pior e a gente tiver uma pandemia, aí vocês vão ter que ajudar o prefeito, porque o prefeito não vai dar conta sozinho. Algumas coisas vocês vão ter que fazer, na parte do cuidado, por eu conversei com o promotor e o juiz e eles concordaram de a gente abrir com algumas restrições”, afirma Valcir.
O político ainda afirma que cada comerciante terá que ter responsabilidade porque, caso dê errado, eles “vão pagar caro”. “Mas, morrer todo mundo tem que morrer e entre morrer de fome e morrer de doença, eu prefiro morrer de doença e com a barriga cheia. Não tem como fazer omelete sem quebrar os ovos”, completa.
Além do comércio, as aulas devem voltar no dia 5 de abril, e os dias serão descontados das férias de julho. “Eu até estava de acordo em fechar, quando a maioria falava que era para fechar, mas já querem abrir então é foda porque quando é no dos outros é fácil, quando arde no deles nego pula. E se der errado, eu quero que essas mesmas pessoas que estão me batendo para abrir, quero ver qual vai ser a posição que vai tomar. Eu sei que vocês estarão comigo, já estou com uma lista com o nome de todos, porque não vou responder sozinho amanhã”, finaliza o prefeito.
O governador Mauro Mendes publicou novo decreto nesta quinta-feira (26) definindo novos critérios para a prevenção e combate ao coronavírus, com a manutenção do isolamento social. Em coletiva, o governador ratificou o fechamento de parques, cinemas e igrejas, porém permitiu a abertura e funcionamento de shopping centers, mercados e serviços funerários.