A diretoria do Guajará Esporte Clube revelou estar em negociações com o goleiro Bruno, de 35 anos. O jogador cumpre pena em regime semiaberto em Varginha-MG, pelo homicídio de Eliza Samudio. A diretoria do Glorioso teme, porém, a repercussão negativa da contratação do goleiro.
– A diretoria pensa justamente que tem forma positiva e tem forma negativa, porque nem todo mundo aceita que você dê emprego para uma pessoa que cometeu um crime. Eu não tenho críticas, a não ser que ele devesse algo para justiça e como ele já pagou sua pena, como qualquer outro funcionário, ele tá tentando se inserir no mercado e voltar à sociedade, de uma forma geral – disse Lauro Evangelista, presidente do Guajará.
Segundo Lauro, a negociação depende do acerto de valores salariais e também da aceitação da torcida, que previamente, já demonstrou desaprovação pelas redes sociais.
– A gente vê na mídia que têm pessoas que vão aceitar e pessoas que repudiam. Mas, eu vejo que o ser humano deve ser colocado na sociedade e ele não deve nada a Justiça, a não ser a de Deus. Estamos na fase de detalhes, que são os salários e a torcida, e é isso, eu prefiro analisar sempre pelo lado positivo. Pelo lado negativo eu não trago – explicou Lauro.
Situação do Bruno
Bruno foi preso em setembro de 2010 e condenado em março de 2013 pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio, pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Ele também havia sido condenado por ocultação de cadáver, mas esta pena foi extinta, porque a Justiça entendeu que o crime prescreveu sem ser julgado em segunda instância. As penas válidas somadas, então, são de 20 anos e 9 meses.
Atualmente o goleiro cumpre pena em regime semiaberto domiciliar em Varginha, onde está desde abril de 2017. Ele conseguiu a progressão de pena em 19 de julho após uma decisão da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais do município.