Acontece neste sábado, dia 30 de novembro, das 8h às 17h, em todos os postos de saúde de Vilhena, o Dia de D de Vacinação contra o sarampo, com foco no público alvo de pessoas com faixa etária de 20 a 49 anos. As equipes de Saúde estarão preparadas também para atualizar os cartões de vacina de crianças e outros pacientes que procurarem os postinhos em toda a cidade. Ao revelar preconceitos e disseminação de notícias falsas, o setor de imunização da Prefeitura “luta” contra aqueles que resistem à ideia de se protegerem contra o sarampo e outras doenças.
Atualmente há suspeitas do primeiro caso de sarampo no Estado neste ano em uma criança de 10 meses em Cacoal. Apesar de ser considerada erradicada há mais de 20 anos, em 2018 pelo menos dois casos foram registrados também em Rondônia, um deles em Vilhena. Apesar de ambos serem “importados”, ou seja, vindos de outro Estado, a vacinação da população local é imprescindível para que a contaminação não aconteça.
“O sarampo é altamente contagioso. Cerca de 90% das pessoas que têm contato com um doente também pegam o sarampo. Estima-se que cada pessoa infectada contamine até 18 outras pessoas. A única forma de prevenir é a vacina, que também evita caxumba e rubéola. É fundamental estar imunizado, pois o sarampo pode matar e, mesmo que a pessoa sobreviva, pode ter sequelas graves, como encefalite ou surdez”, revela Sueli, coordenadora do setor de imunização da Prefeitura de Vilhena.
Embora o Ministério da Saúde tenha recomendado esta segunda campanha de 2019 para o público de 20 a 29 anos, Vilhena irá receber pacientes de todas as idades, preferencialmente para aqueles de 20 a 49 anos. “Queremos também que as crianças e os adultos atualizem seus cartões de vacina, para doenças em geral. Tínhamos certificado da Organização Mundial de Saúde de erradicação do sarampo e agora a doença está voltando por falta de as pessoas se vacinarem. Precisamos recuperar nosso bom status nesse assunto”, explica a coordenadora da Atenção Básica, Ana Carla Andreola.
IRRESPONSABILIDADE – De acordo com Sueli, muitos pais chegam a produzir documentos para impedir seus filhos de receber vacinas. A Prefeitura, assim, passou a registrar os dados de quem nega a vacina para seus filhos, pois caso o menor seja contaminado com a doença, os pais poderão ser responsabilizados.
“Infelizmente, falta critério de muitos na seleção das informações que acreditam e que compartilham. A falta de informação é uma ‘doença’, pode matar. Há muita resistência contra a vacina. Contamos com a colaboração de todos para mudar esse cenário e melhorarmos a saúde de todos no município evitando que as doenças se espalhem”, finaliza Sueli.