A greve dos funcionários dos Correios, decretada na noite de terça-feira (10), já teve a adesão de mais de 20 estados e do Distrito Federal. Entre eles, estão os trabalhadores de Rondônia.
Em Porto Velho, 60 funcionários cruzaram os braços na quarta-feira (11), segundo Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos de Rondônia (Sintect-RO). Já em Vilhena, cerca de 80% dos servidores estão paralisados na cidade.
Entre as principais reivindicações, a categoria pede a reposição da inflação do período e diz que é contra a privatização da estatal. Os trabalhadores querem também a reconsideração quanto à retirada de pais e mães do plano de saúde e outros benefícios.
Ação dos Correios
Em resposta à greve, os Correios entrou com uma ação de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST). De acordo com a Empresa, ela buscará uma solução que “não comprometa ainda mais a situação financeira” da estatal.
Segundo a nota, os Correios tem em andamento um plano de saneamento financeiro para garantir as operações de forma competitiva e sustentável. Para a empresa, algumas reivindicações dos funcionários superam o faturamento anual da estatal.
“Desde o início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes dos empregados, nas quais foram apresentadas a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões. As federações, no entanto, apresentaram reivindicações que superam até mesmo o faturamento anual da empresa”, diz a nota.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), os trabalhadores reivindicam reajuste salarial com reposição da inflação (3,25%) e não querem cortes de direitos conquistados.
A Fentect explica ainda que, mesmo com a mediação já iniciada no TST, referente ao processo de negociação do Acordo Coletivo 2019/2020, a empresa deixou de receber os representantes dos trabalhadores. Para a entidade, a empresa não dá prejuízo e não depende de financiamento público.
*Com informações da Agência Brasil e G1