Desvios de dinheiro do CRO ultrapassaram R$ 1,2 milhão de 2013 a 2018
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça Federal cinco pessoas que se associaram para cometer crimes e se apropriaram de valores do Conselho Regional de Odontologia (CRO) de Rondônia. Os fatos ocorreram de 2013 a 2018, em Porto Velho, e foram descobertos durante a Operação Diarista, executada pela Polícia Federal em conjunto com o MPF. Uma das pessoas envolvidas ainda tentou prejudicar as investigações sobre os desvios de recursos e falsificou processos e relatórios para justificar verbas desviadas.
Uma das formas de desvio era o superfaturamento de diárias em viagens fictícias. Para o MPF, a fraude era tão grave que em alguns casos, como em outubro de 2016, um dos envolvidos recebeu mais diárias do que o número de dias do mês. Foram 53 diárias para um mês de 31 dias, sendo que apenas 21 dias daquele mês eram úteis. De 2013 a 2018, as fraudes ultrapassaram 1,2 milhão de reais.
Além de aumentar a quantidade de diárias pagas, os denunciados também aumentavam o valor de cada diária e emitiam diárias para a mesma pessoa a lugares diferentes no mesmo período. Para encobrir transferências do CRO para sua própria conta, uma das denunciadas fraudou processos e documentos para encobrir os rastros.
O ex-presidente do CRO, Hailton Cavalcante dos Santos, a gerente financeira Sebastiana Dias Gil, os ex-tesoureiros Pedro Ivo Santos da Silva e Ilso Márcio Gedro Rocha vão responder à Justiça Federal pelos crimes de associação criminosa e apropriação e desvio de dinheiro da entidade. A servidora Meire de Souza Torres responderá pelos mesmos crimes, além de falsificação de documento público.
O processo é o de número 1002880-35.2019.4.01.4100 e será julgado pela Justiça Federal em Porto Velho.
Fonte: MPF/RO