A Prefeitura, que acompanhou desde o início o possível crime ambiental na Lagoa Azul, visitou o local nesta semana e constatou que a natureza se encarregou de limpar o ponto turístico após dois meses do desastre. Cristalina, a água está repleta de peixes, e a mata, ao redor, vibrante. Em contato com o Estado, responsável pela área, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) revela que análises constataram que não houve contaminação da água, nem negligência.por parte do agricultor vizinho.
“A Sedam (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental) é a que lidou com o caso. As análises deles comprovaram que não teve contaminação da água por agrotóxico e também que as curvas de nível do solo na plantação ao lado estavam feitas adequadamente. No entanto, a chuva daqueles dias foi muito intensa e a lama superou esses obstáculos, causando turbidez na lagoa”, explica a secretária municipal de Meio Ambiente, Marcela Almeida.
Além disso, a Área de Preservação Permanente (APP) mantida pelo produtor respeita a legislação vigente, sendo, inclusive, maior do que o mínimo exigido. Notícia boa para quem tem orgulho de enaltecer as belezas naturais de Vilhena e também para toda a biodiversidade do local, refúgio natural de várias espécies de pássaros, peixes e mamíferos.
Distante 37 km do Centro da cidade, a Lagoa Bonita, ou Lagoa Azul, tem o formato semelhante à uma asa de avião vista de cima. Com 830 metros de comprimento e 167 metros de largura em sua extensão máxima, é ponto de encontro de famílias, amigos e conhecidos, ainda que seja propriedade particular do chacareiro Vilson Ribeiro.
PRESERVAÇÃO – A Semma estuda formas de valorizar a preservação do local, produzindo placas indicativas sobre a importância do respeito às leis e ao código ambiental do município, considerando o grande fluxo de visitantes do lago. A princípio a sinalização com placas e indicativos das normas legais poderão ser confeccionadas.