Realizado pelo Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), o cadastramento para doação de medula óssea é uma realidade no Estado de Rondônia, e pode ser feito também na cidade de Vilhena através do Hemocentro.
Para se tornar um voluntário na lista de doador de medula óssea, o paciente deve fazer um cadastro no Hemocentro de Vilhena, com informações pessoais (nome, idade, endereço, telefone) e uma coleta de amostra sanguínea entre 04 e 05 MLs.
“Através desse exame nós fazemos um registro nacional de doadores de sangue, e a partir desse registro ele vai ficar até os 55 anos de idade trocando informações com quem está esperando. Esses pacientes na fila de espera estão inseridos no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (REREME)”, explicou Michely Toledo, Assistente Social responsável pela captação de doadores de sangue e medula óssea do Hemocentro de Vilhena.
Atualmente o REDOME conta com 4.869.219 doadores cadastrados, contra 850 receptores aguardando uma compatibilidade para doação. Somente em Rondônia são 103.408 doadores, enquanto 109 pessoas aguardam para conseguir receber uma doação não aparentada.
Apesar do grande número de voluntários cadastrados, é necessário que mais pessoas se disponibilizem para fazer futuras doações. “A possibilidade de compatibilidade entre doador e receptor é de uma entre 100 mil, então a importância de fazer esse cadastro é que quanto maior o número de pessoas, maior a chance de se encontrar alguém compatível”, argumentou Michely.
Para realizar o cadastramento no banco de dados é necessário cumprir algumas regrinhas. O doador precisa ter entre 18 e 55 anos, estar com uma boa saúde, não ter nenhuma doença infecciosa ou incapacitante, não possuir nenhuma doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue), ou doenças autoimunes.
A doação de medula óssea é um procedimento cirúrgico com internação de 24 horas, anestesia (peridural ou geral) e retirada do material da bacia por meio de materiais específicos. Depois do processo médico, o doador poderá sofrer com um desconforto por três dias, mas após uma semana já estará desempenhando atividades do dia-a-dia sem problemas.
Há também a coleta por aférese, onde o doador receberá uma medicação que aumentará a quantidade de células-tronco no sangue por cinco dias. Depois disso, com uma máquina de aférese, o sangue é colhido e dele retiradas as células necessárias. O que não é utilizado na doação é devolvido ao doador, sem internação ou anestesia, uma vez que tudo corre por procedimentos intravenosos.
DOAÇÃO DE SANGUE
O Hemocentro de Vilhena, localizado na Avenida Jô Sato logo após o semáforo, também recebe a doação sanguínea. Com a tipagem O e A positivos sendo a mais utilizada no local, também busca-se muito por doadores das tipagens de fator RH negativo como -O (que sempre estão em estoque mais baixo).
“Às vezes nós fazemos campanha, a pessoa vem e doa uma vez, mas não volta mais para o serviço. Então há a necessidade de doadores que voltem a cada três, quatro meses, (doadores fidelizados) para podermos manter esse estoque de sangue em quantidade e qualidade satisfatório para atender a demanda transfusional de todo o Cone Sul”, relatou a assistente social.
Além do Cone Sul, o Hemocentro de Vilhena também auxilia em casos de transferência para Hospitais de Cacoal e Porto Velho, o que requer do ambiente uma boa estabilidade no banco de sangue.
“Todos os dias as pessoas precisam de sangue. Por uma eventualidade, por uma doença genética, pacientes do instituto do rim, então nossa demanda tem aumentado e precisamos ter um aumento no cadastro de doadores regulares”, finalizou Michely.
Para fazer a doação de sangue ou o cadastro no banco de doação de medula óssea, basta comparecer ao Hemocentro de Vilhena. Ele fica localizado na Avenida Jô Sato, logo após o semáforo entre as Avenidas Jô Sato e Sabino Bezerra de Queiroz (ao lado do Hospital Regional de Vilhena), e funciona das 7h00min às 13h00min.
Texto: Mizellen Amaral
Fonte: Folha de Vilhena
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