Sindicatos, associações e os órgãos estudantis de Vilhena convidam à população para participarem da Audiência Pública sobre a reforma da previdência que será realizada na próxima sexta-feira, 31, às 17h00, no auditório da prefeitura da cidade.
De acordo com a representante do Simprof (Sindicato dos professores de Rondônia), Janete Maria, o debate vai reunir parlamentares municipais, estaduais e federais. Até o momento, três representantes da bancada federal já confirmaram presença, são eles: Expedito Netto (PSD), Jaqueline Cassol (PP) e Mauro Nazif (PSB).
A reunião também vai contar com a participação dos deputados estaduais do estado de Rondônia. Até o momento, dois confirmaram presença, são eles: Lázinho da Fetagro e Luizinho Goebel. Os vereadores municipais também foram convidados.
A representante explica que a reunião poderá contar com a participação de sindicatos do Cone Sul. Ela relata também, que a ideia de promover a audiência pública surgiu em Vilhena, mas que a discussão também deverá ser feita em outras cidades de Rondônia.
PARTICIPAÇÃO ESTUDANTIL – A participação dos órgãos estudantis Dce/Unir e Grêmio/IFRO querem ouvir qual é a posição da bancada federal em relação ao corte na educação, recentemente anunciado pelo governo federal.
Segundo a professora Janete Maria, o governo federal atrelou a reforma da previdência ao corte na educação, dizendo que quando aprovado a reforma será desbloqueado o corte, porém, ela pontua que isso é difícil de acontecer.
“Pelo entendimento de várias reformas que acontecem, elas não dão resultados assim de imediato. Os resultados dela no reflexo da economia vão acontecer a médio e a longo prazo. Então, como que o governo pode dizer que o corte hoje, aprovando a reforma amanhã, poderá liberar esse corte?”, questiona a representante. Ela explica ainda, que os estudantes querem que a bancada federal se posicione sobre tal corte que prejudica diversos alunos das universidades e institutos federais.
QUESTIONAMENTOS NA REFORMA – De acordo com Janete, os produtores rurais têm hoje uma forma de se aposentar diferenciada pela idade, justamente, porque o trabalho na roça é pesado e árduo.
Atualmente, a mulher se aposenta com 55 anos, enquanto que o homem com 60 anos. Com a nova reforma, segundo ela, a mulher e o homem vai se aposentar com 62 anos, ou seja, vão aumentar sete anos do tempo da mulher e dois anos no tempo do homem.
Já na questão dos trabalhadores na área urbana, ela pontua que se você precisa ter 40 anos de contribuição, é necessário que esses anos de trabalho sejam comprovados em carteira. No entanto, ela explica que com o desemprego no Brasil isso fica difícil.
“Se, por exemplo, a pessoa está trabalhando durante três anos e depois ela fica desempregada por seis meses ou um ano a procura de emprego, ela não terá como comprovar perante o INSS. Então, ela vai ter que trabalhar muito mais depois para pagar este ano que ficou sem comprovar a carteira assinada. Então, é algo que ninguém tem garantia que vai ficar 40 anos consecutivos empregados”, finaliza Janete na entrevista.
A organização conjunta da audiência pública está sendo feita pelos sindicatos da cidade, associações rurais, pastorais da igreja católica, e também pelos órgãos estudantis de Vilhena, confira: Sttr, Seeb, Sinasefe, Adunir, Sintero, Sindsul, Sinprof, Dce/Unir, Gremio/Ifro, Pj/Católica, Cpt/Católica, Pfp/Católica, Asprovera e Assprep.
Texto: Redação Fv
Fotos: Folha de Vilhena/Divulgação
Fonte: Folha de Vilhena