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Movimento Maio Amarelo – A oportunidade de repensar atitudes no trânsito; por José Teixeira


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Foto: b2midia

Chegamos ao mês de MAIO, é isso mesmo, aquele que em 2010 a Assembleia Geral das Nações Unidas se reuniu, e definiu como o mês para ações de mobilização e conscientização, visando a redução dos acidentes no trânsito. O Maio Amarelo como ficou denominado é um movimento coordenado, que visa o máximo envolvimento da sociedade nas questões de mobilidade urbana e rural.

A cor amarela foi estrategicamente escolhida porque representa a atenção, numa oportuna referência ao sinal de alerta do semáforo. O mês de maio foi escolhido devido ter sido o mês em que a ONU decretou a década entre 2011 e 2020, como a Década de Ações para a Segurança no Trânsito. Nesse período, “o mundo” foi convocado para adotar medidas sob coordenação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que possibilitem a redução da quantidade de acidentes e, consequentemente, do número de vítimas.

E por que a ONU tomou tais medidas? Primeiro porque o número de vítimas fatais é alarmante, chegando à média de 1,2 milhão de pessoas mortas a cada ano. Segundo, devido aos altos custos despendidos para cuidar dos acidentados, que somados mundialmente chegam a US$ 518 bilhões por ano, consumindo cerca de 1% a 3% do PIB (Produto Interno Bruto) dependendo do país. O que causa enorme preocupação aos governantes.

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Particularizando a situação do nosso país, de acordo com a OMS, o Brasil é o quinto que mais mata no trânsito, só estando atrás da Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Esses dez países são citados separadamente porque são responsáveis por cerca de 62% das mortes. São em média 40 mil mortos todos os anos em solo brasileiro. De acordo com dados do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), somados, os custos anuais com acidentes nas estradas federais, estaduais e municipais, ultrapassam os R$ 40 bilhões.

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A situação atinge diretamente os estados e municípios, que acabam tendo grande parcela de seus orçamentos da saúde, comprometidos com os cuidados necessários dispensados aos acidentados. Como já dito, cuidar de acidentados não é nada barato, por isso todo esforço que for realizado para diminuir as vítimas, se torna relevante, pois reflete diretamente no atendimento cotidiano dos hospitais locais, regionais ou estaduais.

A Lei 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro) pune severamente os condutores que são flagrados no cometimento de infrações, a busca é pela diminuição dos conflitos de tráfego. Porém, o que infelizmente estamos assistindo cotidianamente são os leitos hospitalares, os atendimentos de emergência e as unidades de terapia intensiva cada vez mais tomados pelas vítimas de acidentes de trânsito.

É indispensável lembrar que um trânsito mais humanizado e seguro não depende apenas da fiscalização ou da chamada canetada que resulta em multas. É preciso muito mais, são necessárias campanhas intensas e permanentes em escolas de todos os níveis, em empresas públicas e privadas. Pois, de fato, o que precisamos é menos imprudência e negligência, mais educação e conscientização, mais paciência, equilíbrio, respeito e tolerância.

Assim sendo, chegado o Maio Amarelo, devemos dar as mãos, unirmos forças na busca da conscientização do número máximo de pessoas. Trabalhar forte na educação ou reeducação de pedestres, condutores de veículos e ciclistas, para melhorar efetivamente a segurança no trânsito, obtendo a tão almejada diminuição dos acidentes e, por conseguinte, repito, a redução do número de vítimas no trânsito.

O Movimento Maio Amarelo é a oportunidade de um grande chamamento, para que todos nós mudemos nossas atitudes diárias. Tomar cuidado ao atravessar uma rua, atravessar de preferência nas faixas de pedestres, sair mais cedo, correr menos, não dirigir cansados, redobrar a tenção, respeitar pedestres e ciclistas, não fazer uso do celular enquanto dirige, não misturar álcool e direção, respeitar o próximo, ser tolerante e paciente, cumprir as leis e respeitar as sinalizações de trânsito. Simples atitudes como essas é que nos proporcionará um trânsito mais seguro e nossa cidade será um lugar melhor para vivermos. Compre essa ideia!!!

 

 

*O autor é Capitão da Reserva da Polícia Militar, Educador de Trânsito, Assessor Executivo da Semtran de Vilhena, Pós-Graduado em Administração Pública, Graduado em Administração, ex-Secretário Regional de Governo de Ji-Paraná e Concluinte do Curso de Jornalismo.

 

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