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Maio roxo, dia Internacional de Atenção à Pessoa com Lúpus


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Foto: Divulgação

O Dia Internacional de Atenção à Pessoa com Lúpus é celebrado anualmente em 10 de maio. O dia “D” atenção à pessoa com Lúpus surgiu para conscientizar à população sobre a importância de se manter ciente sobre os aspectos desta doença.

Algumas instituições e associações de combate ao lúpus realizam diversas atividades nesta data, com o objetivo de ajudar a conscientizar às pessoas sobre a importância do reconhecimento e tratamento desta doença. A campanha é nacional, mas em Vilhena ela não está inserida oficialmente no calendário de campanhas a serem desenvolvidas no município. A movimentação sobre a temática é realizada nas redes sociais, através de pessoas que atuam na área da saúde, pacientes que fazem tratamento e voluntários.

Para adquirir e trazer melhor informação sobre o assunto, a reportagem do Folha, entrevistou médico especialista e pessoas contraídas pela doença.

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O que é lúpus, e quais são os sintomas?

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A reportagem do Folha, entrevistou o Médico Reumatologista, Kairon Stolane. O especialista explica que o Lúpus Eritematoso Discoide é uma doença inflamatória genética (não hereditária), o que quer dizer que há pessoas que estão predispostas a tê-la, mas não pode afirmar que uma mãe com lúpus terá um filho com a mesma doença. Uma enfermidade autoimune, e o próprio corpo produz anticorpos que atacam o próprio organismo. Sua causa é desconhecida, mas se sabe que está relacionada com fatores genéticos, sendo mais comum em mulheres.

De acordo com o Médico, os sintomas do Lúpus caracterizam-se por manchas arredondadas e avermelhadas na pele, com bordas bem definidas. Também podem surgir lesões semelhantes a espinhas e placas vermelhas que rapidamente ficam com o aspecto de uma pele muito áspera.

Depoimento!

Psicóloga Diene Nepomuceno relatou que há mais de um ano faz tratamento contra o Lúpus

A reportagem do site também conversou com pessoas contraídas pela doença. A psicóloga Diene Nepomuceno relatou que há mais de um ano faz tratamento contra o Lúpus. Após ela sentir fortes dores nas articulações, fadiga, queda de cabelo, urticárias e púrpuras de sangue na pele, dentre outros sintomas ela procurou ajuda médica. “

Eu não tenho costume de automedicar, mas sentindo esses sintomas eu procurei um Médico Clínico Geral que salvou meus órgãos. Meu diagnóstico e tratamento foram bastante precoces e assertivos. A doença é grave, mas existe tratamento e controle”, disse ela.

Foto: Arquivo Pessoal

Segundo o Reumatologista, o Lúpus é uma doença crônica, o tratamento envolve uso de medicações do tipo corticoide e imunossupressores que agem controlando a produção e a ação dos anticorpos. Com tratamento adequado, é possível que o paciente tenha uma vida praticamente normal, e nem sempre o uso das medicações precisa ser para a vida toda. Porém, a partir de alguns estímulos como estresse, problemas emocionais, alterações na imunidade e exposição ao sol, novas crises podem se desencadear, exigindo novos ciclos de tratamento.

Kátia Mylena, acadêmica de Farmácia. Há seis anos descobriu que possui Lúpus Eritematoso Sistêmico Foto: Arquivo pessoal

Kátia Mylena é acadêmica do curso de Farmácia. Há seis anos descobriu que possui Lúpus Eritematoso Sistêmico. A acadêmica relata que antes de começar o tratamento da doença, passou por um período de tempo sentindo muita dor nas articulações do corpo, e após fazer vários exames e consultas, um Médico Reumatologista descobriu sua enfermidade. Ela afirma que o tratamento com especialista é de crucial importância, e a falta de conhecimento, pode levar o paciente a ser mal interpretado dentro da sociedade.

“Nunca devemos deixar a tristeza e o medo tomarem conta de nós, como a Bíblia diz: no mundo teremos aflições, eu estive meus momentos de angustias e hoje me sinto realizada. Eu acredito que cada pessoa tem o fardo que pode carregar, eu mando em mim e não essa doença. Hoje me sente muito bem, mas continuo fazendo acompanhamento médico mesmo me sentindo estável”, relatou Kátia.

A preocupação de muitas mulheres é; quem tem Lúpus pode engravidar?

Conforme palavras do Médico, quem tem Lúpus pode engravidar! Embora seja considerada uma gravidez de alto risco. Porém, desde que seja feito um acompanhamento adequado antes e durante a gestação é possível ter uma gravidez sem complicações. Mas, ele alerta que o ideal é que a mulher só engravide quando o Lúpus estiver totalmente controlado durante pelo menos 6 meses. Isso porque já se sabe que o Lúpus na gravidez aumenta os riscos de:

  • Abortamento;
  • Parto pré-maturo;
  • Baixo peso ao nascimento;
  • Morte fetal;
  • Pré-eclâmpsia.

Outra complicação que pode surgir, embora mais rara, é o desenvolvimento de um bloqueio cardíaco, que faz com que o coração do bebê tenha batidas mais lentas. Esse problema está relacionado com a presença de um anticorpo no sangue da mãe, que atravessa a placenta e afeta o coração do feto.

“Uma mulher com Lúpus que pretende engravidar deve planejar bem a sua gravidez e falar com antecedência com o seu médico Reumatologista, pois é preciso suspender o uso de alguns remédios antes de engravidar”, concluiu Kairon.

 

Texto: Elilson Fabiano
Foto: Divulgação
Fonte: Folha de Vilhena

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