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São Miguel do Guaporé: oito pessoas são contaminadas com bactéria rara após ingestão de alimentos enlatados


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O que seria um almoço de domingo normal para uma família residente na cidade de São Miguel do Guaporé (Rondônia), terminou se tornando o pior começo de ano, quando uma maionese preparada com milho de conserva contaminado foi servida na refeição do dia 10.

(Foto: Ilustrativa)

O milho usado estava supostamente contaminado com uma bactéria rara (Clostridium botulinum) responsável por causar o botulismo, uma doença grave não contagiosa. Oito pessoas que ingeriram a maionese acabaram sofrendo sérios problemas de saúde e foram parar no hospital.

Segundo a Coordenação de Vigilância em Saúde, cinco pessoas adultas estão internadas (quatro em estado grave na UTI e uma no HEURO fora de risco), enquanto as outras três não apresentaram sintomas da bactéria. Todos estão sendo medicados e supervisionados no Hospital de Porto Velho, onde receberão o soro anti-botilínico.

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O QUE É BOTULISMO?

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(Foto: Divulgação)

Botulismo é uma doença grave causada pela ingestão de alimentos contaminados (principalmente produtos enlatados e preservados inadequadamente) e ferimentos. Apresentando sintomas como paralisia muscular progressiva, dificuldade em abrir os olhos, engolir e visão dupla, a doença pode evoluir para estágios mais agressivos como dificuldade para se mexer e respirar.

Produtos como vegetais em conserva, carne de porco e presunto, peixe defumado ou cru, mel, dentre outros estão entre os alimentos mais passiveis de contaminação. Por causa da falta de oxigênio no ambiente, a proliferação da bactéria nesses produtos é bem maior.

(Foto: Divulgação)

Devido ao princípio de surto, a Coordenação de Vigilância em Saúde emitiu um alerta orientando para que produtos em conserva que estejam em latas estufadas, vidros embaçados, embalagens danificadas ou com alterações no cheiro e no aspecto não sejam ingeridos.

Conservas caseiras e produtos industrializados que apresentem qualquer possível risco devem ser fervidos ou cozidos por cerca de 15 minutos antes de ser consumidos. O comunicado alerta também sobre o armazenamento, que não deve ser mantido em temperaturas acima de 15°C.

 

Texto: Mizellen Amaral
Fonte: Folha de Vilhena
Foto: Ilustrativa

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