A Secretaria de Meio Ambiente (Semma) deseja incentivar projetos de pesquisa relacionados à fauna regional através de parceria com pesquisadores da Unesp. Os pesquisadores da instituição estudam a espécie Mazama rondoni, conhecido popularmente como cambuta, descoberto em Vilhena em 1914 por Miranda Ribeiro. A espécie será tema de palestra pública na cidade nesta quarta-feira, às 19h30, no Instituto Federal de Rondônia (Ifro).
A mestranda bióloga Gabrielle Queiroz Vacari é uma das pesquisadoras, assim como Liz Jiannine Fuentes Rojas e seu orientador, o professor doutor José Maurício Barbanti Duarte, do Núcleo de Pesquisa e Conservação de Cervídeos (NUPECCE), da Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Jaboticabal (SP). O trio está em Vilhena com o intuito de coletar dados de animais da região para o aprofundamento das pesquisas e descrição de novas espécies do grupo de cervídeos cinzas, com o objetivo de caracterizar o “status” de conservação dos animais.
“Queremos incentivar a pesquisa. Nossa região é rica e abundante em biodiversidade, precisamos valorizar o que temos aqui. Este gênero foi descoberto em Vilhena e tem pouca divulgação e estudo sobre ele. Podemos pesquisar e descobrir ainda novas espécies. Estabelecendo essa base científica podemos realmente iniciar um processo de preservação da fauna e flora”, explicou a secretária de Meio Ambiente, Marcela Almeida.
A palestra será realizada no Ifro, nesta quarta-feira, dia 27 de fevereiro, às 19h30. A secretária estende o convite a todas as instituições de ensino, alunos, professores, coordenadores, assim como ao Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental, Ministério Público, que terão uma boa oportunidade de conhecer melhor a fauna amazônica.
Apesar de os cervídeos serem estudados desde 1817 na região Amazônica, foi apenas em 1914 que Miranda Ribeiro, durante um amplo estudo taxonômico sobre os cervídeos brasileiros, encontrou no estado de Rondônia uma pequena espécie de veado cinza, classificando-a como Mazama rondoni. De lá pra cá o animal foi rebaixado e elevado à categoria de espécie individual várias vezes. A visita da comitiva de especialistas na cidade deve colocar fim à discussão e registrar os detalhes da espécie local.
Fonte: Semcom