Após ser notificada pela Justiça sobre a ilegalidade do movimento grevista de agentes penitenciários, a presidente do Singeperon, Daihane Regina Lopes Gomes, disse nesta sexta-feira, 18, que os servidores estão em “operação padrão”, atendendo apenas situações excepcionais, de urgência e emergência nas unidades prisionais de Rondônia, como a garantia de alimentação e saúde aos apenados, além de determinações judiciais para prisão ou alvarás de soltura.
Segundo Daihane, os servidores para trabalhar, precisam cumprir regulamentos e o Estado não garante a efetividade de segurança para eles. Em sinal de protesto então irão atuar como manda a Lei. “Queremos ressaltar que todos os servidores que estão na frente de presídios estão de folga, saíram de seus plantões. Os outros estão dentro das unidades trabalhando. O que ocorre é que temos regulamentações, portarias, que regem como deve ser o trabalho. Isso aqui nada mais é do que os servidores trabalhando dentro do que deve ser, sob pena de responder processo administrativo”.
A presidente do sindicato disse que os servidores também decidiram que não vão mais “colocar o Estado nas costas. São mais 800 presos para 7, 8 agentes, sem condições legais, de segurança, de vida. Os servidores estão muito revoltados, chateados e tratados como lixo”.
Ela disse também que tudo tem a ver com o veto do governador Marcos Rocha (PSL) a um ponto do Orçamento que beneficiaria a categoria.
Apesar de garantir os serviços essenciais nas unidades prisionais, a presidente descartou a visitação de presos neste final de semana. “Não tem segurança para fazer dentro da legislação”, explicou, afirmando que a “operação padrão” será por tempo indeterminado, até quando o acordo judicial com o Governo for cumprido.
Fonte: Rondoniagora