A Polícia Civil de Candeias do Jamari, deflagrou na manhã desta quarta-feira (14), a Operação Catfish, que cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão, contra um homem de 32 anos suspeito de pedofilia. De acordo com as investigações, o homem usava uma conta falsa no Facebook, para atrair as vítimas.
Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram há cerca de um mês, quando uma das vítimas, uma menina de 15 anos, procurou a delegacia de Candeias do Jamari e informou que estava sendo ameaçada pelo suspeito. Cerca de 10 dias depois, outra adolescente da mesma idade, também procurou a delegacia e informou que passava pela mesma situação.
Atraindo as vítimas
De acordo com a delegada Keity Mota, o suspeito, que trabalha como pedreiro, criou várias contas com nomes e fotos falsas no Facebook. Depois de adicionar as vítimas, ele passava a conversar até adquirir a confianças das meninas. Após conseguir o número e manter contato por meio do Whatsapp, o suspeito passava a pedir fotos das vítimas nuas.
“Elas mandavam achando que estavam falando com o rapaz da foto. Quando elas enviavam essas fotos ele passava a ameaça-las, falando que era para mandar mais, se não ele iria ‘torrar’, elas, expor as meninas na internet”.
A prisão
O suspeito foi preso na manhã desta quarta-feira (14), na residência onde mora com a esposa e os dois filhos, no bairro São Francisco, em Porto Velho. O homem também teve o celular e computador apreendidos para análise.
No celular do suspeito, os agentes ainda encontraram mais de 100 fotografias de meninas nuas, segundo o delegado Iury de Medeiros Brasileiro, as fotos e vídeos eram organizadas de acordo com as partes que eram expostas pelas garotas.
Além de confessar o crime aos policiais, o homem disse que não sabe mensurar a quantidade de meninas da qual mantinha contato. O homem será encaminhado ao presídio Pandinha, onde aguardará a decisão do juiz.
“Além do cumprimento da prisão preventiva pelo crime de pedofilia, ele ainda foi preso em flagrante, porque conseguimos elucidar a identidade de uma das vítimas, porque têm as fotografias, a coerção, determinando que ela mande mais fotografias, dessa forma vamos flagrantear também”, explica.
O alerta
A delegada Keity Mota ressalta que casos como esse acontecem com frequência e os pais, na maioria das vezes, acabam não percebendo os perigos existentes na internet. Segundo ela, a demora das vítimas em sinalizar aos pais situações de coerção também contribui para o aumento de casos.
“Os pais têm que prestar muita atenção quando for dar um celular ou deixar um dispositivo com uma criança ou adolescente, com quem elas estão falando e com quais aplicativos elas estão lidando, para evitar esse tipo de situação, em que elas sofram uma violência dentro da própria casa” diz a delegada.
Fonte: G1/RO