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Polícia desvenda caso de jovem que foi vítima de feminicídio em Chupinguaia

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Anna Karolyne, 19 anos, que foi assassinada pelo ex-marido Luan Wudask, 23 anos, em Chupinguaia.

O titular da Delegacia de Homicídios de Vilhena, Núbio Lopes, apresentou em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (1°), o desfecho da morte de Anna Karolyne, 19 anos, que foi assassinada pelo ex-marido Luan Wudask, 23 anos, em Chupinguaia.

De acordo com o delegado, a jovem que inicialmente divulgado teria sido morta por facadas pelo suspeito na altura do pescoço, na verdade, morreu por asfixia causada por um golpe de estrangulamento aplicado por trás pelo ex-marido.

Após matar a ex-mulher por motivo fútil, o delegado disse que Luan Wudask, pegou uma faca e tentou esquartejar o corpo de Anna com sete cortes no pescoço e cinco na junta do braço. No entanto, não conseguiu, pegou a filha e foi embora.

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Núbio explicou ainda, que depois que Luan saiu da casa da jovem, ele levou a filha de 1 ano e 11 meses para a casa do pai. Após contar o crime a ele, fugiu do local sem dizer para onde iria. O pai em seguida, ligou para a polícia militar de Chupinguaia.

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DETALHES COMPLETOS DA INVESTIGAÇÃO

De acordo com o delegado Núbio Lopes, na madrugada de domingo, 8 de julho, por volta das 02h00min da manhã, a Polícia Militar de Chupinguaia foi acionada pelo pai de Luan Wudask. Os policiais em companhia do pai do jovem, foram até a quitinete de Anna Karolyne e encontraram o corpo da jovem estendido ao chão do local.

Em sua versão à polícia, o pai informou que Luan disse a ele, que tinha ido à casa de Anna e que a jovem queria a guarda da criança. Após negar, ela ‘supostamente’ teria dito a Luan, que havia conhecido outro homem e que com ele formaria outra família. Depois da discussão, ele disse ao pai que matou a ex-esposa a facadas e foi embora.

Já Luan, que se apresentou na delegacia em Vilhena junto com o advogado no domingo (8), teria dito ao delegado de plantão que foi à casa de Anna. No local, eles teriam conversado sobre a guarda da criança, e que em seguida, ela se estressou, pegou uma faca e foi para cima dele. No depoimento, ele mostrou os sinais de agressão e foi submetido a exame de corpo de delito.
Conforme o delegado, a versão do pai de Luan apresentado à polícia, não bate com a própria versão do suspeito de praticar o feminicídio contra Anna Karolyne.

Núbio informou, que durante as investigações apuraram a vida da jovem e que ela sempre foi uma moça de campo, criada numa família tradicionalista e que ela não tinha perfil de ser uma jovem que pratica traições. As investigações apuraram também, que a jovem começou a namorar Luan aos 14 anos e aos 15 se casou com ele.

Ainda, segundo o delegado, a equipe da polícia descobriu que Luan tinha perfil de ser um homem ciumento, e que a ex-esposa não podia manter contato nem com os homens da família.

Núbio disse ainda, que uma semana antes do crime, o casal estava na casa de parentes do padrasto da jovem e que no dia, ela teria bebido cerveja na companhia de familiares. Luan que não gostou da situação, saiu da festa emburrado e brigou com a jovem no local. No dia seguinte, a mãe levou Anna para a casa do marido, e ele não aceitou receber mais a jovem.

Como forma de ajudar a filha, a mãe de Anna alugou uma quitinete para que a jovem morasse com a filha de um ano e 11 meses, em Chupinguaia, já que Anna trabalhava na cidade. Após alugar o apartamento, Núbio disse que a mãe de Anna pediu a ela, para que não abrisse a porta para ninguém, nem para Luan, pois sabia que ele era ciumento.

Ainda, conforme as investigações, no sábado (7), a jovem ligou para Luan, pedindo a filha, porque no domingo (8) ela estaria de folga do trabalho. Segundo o depoimento do pai do jovem, Luan ligou para ele e pediu para que levasse a criança. No dia, a madrasta de Luan, pegou a menina e deixou na casa de Anna por volta das 19h30.

Por volta das 23h da noite de sábado (8), os investigadores descobriram que uma vizinha de quitinete chegou a escutar uma pequena discussão, seguido de um grito. No entanto, após acordar, viu que tudo se silenciou. No outro dia, a mulher acabou tomando conhecimento que na madrugada, a vizinha tinha sido assassinada.

No local do crime, os policiais desvendaram que a porta da casa da vítima não foi arrombada, e que a jovem abriu a pedido de Luan. Além disso, a chave da quitinete estava na porta pelo lado de dentro.

Conforme o delegado, o depoimento de Luan que alegou ter matado à vítima a golpes de faca por legítima defesa, foi totalmente desmascarado por uma equipe legista que ao analisar o corpo de Anna, constatou sinais internos e externos causados por asfixia.

Núbio disse à imprensa, que quando Luan aplicou o golpe de estrangulamento em Anna por trás, ela reagiu e tentou tirar a mão dele. No entanto, com a força do momento, ela acabou se machucando com a própria unha.

Entretanto, as lesões causadas por Anna no seu próprio corpo, ajudaram a comprovar que Luan não agiu por legítima defesa e que a vítima estava apenas tentando se defender do golpe que ele deu por trás dela.

O delegado explicou também, que após asfixiá-la, ele tentou esquartejar a jovem ainda em vida. Segundo Núbio o que aparentava serem apenas dois cortes no pescoço, na verdade, foram sete cortes na mesma direção e cinco cortes na junta do braço.

Depois que Luan asfixiou a menina, ele tentou esquartejar e esconder o corpo. Entretanto, acabou não conseguindo, pegou a filha de um ano e 11 meses que estava no local do crime e foi embora em direção à casa do pai.

Em relação aos supostos motivos alegados em depoimento por Luan e o pai sobre a briga que antecedeu a morte, Núbio argumentou que, a separação era muito recente para falar de guarda ou não da criança. Além disso, a jovem ela estava com a vida exclusivamente voltada para o Luan e era impossível que em uma semana, ela tenha encontrado alguém que quisesse casar com ela, construir uma casa e formar uma família.

Já na segunda-feira, 9 de julho, após voltar de Chupinguaia, o delegado entrou com uma representação pela prisão preventiva de Luan, onde foi decretada pela justiça criminal de Vilhena.

Atualmente, Luan Wudask, ainda não foi preso e está foragido da justiça da cidade. O jovem de 23 anos, responderá por feminicídio triplamente qualificado, motivo fútil, dissimulação, além de tentativa de destruição de cadáver.

Quem souber qualquer informação que leve ao paradeiro de Luan Wudask, pode entrar em contato com a Polícia Civil de Vilhena pelos números: (69) 3322-3001 ou 190.

 

Texto: Abel Labajos

Foto: Divulgação

Fonte: Folha de Vilhena

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