Deputado já responde a uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) por fraude no uso de verbas do gabinete em 2015
O Deputado Federal por Rondônia, Expedito Neto (PSD) é um dos parlamentares que mais gasta em todo o Brasil, revelam fontes do “Congresso em Foco”.
De acordo com o jornal do Congresso Nacional, em um ano, Neto gastou R$ 1,52 milhão de verbas públicas, sendo R$ 828.567,78 com publicidade, R$ 409.993,85 com locação de automóveis e mais R$ 104 mil com combustíveis, isso sem contar as despesas com passagens aéreas e custo com o pessoal de gabinete que não foram computados.
O parlamentar federal aparece na oitava posição do ranking dos dez maiores perdulários do dinheiro público na Câmara dos Deputados, que tem ainda quatro deputados de Roraima, dois do Tocantins, dois do Amapá e outro do Maranhão.
Juntos, eles receberam e gastaram R$ 15,5 milhões para cobrir despesas atribuídas ao mandato. Os três primeiros – Jhonatan de Jesus (RR), César Halum (TO) e Cléber Verde (MA) – são do mesmo partido, o PRB. Eles “torraram” R$ 1,62 milhão, R$ 1,58 milhão e R$ 1,55 milhão, respectivamente.
O recurso utilizado pelos deputados é a Cota para o exercício da atividade parlamentar (Ceap), também conhecida por “cotão”, dinheiro público disponibilizado mensalmente a cada parlamentar e que pode chegar a R$ 45,6 mil, a depender do estado de origem do político. Para receber o recurso é preciso apenas que o parlamentar apresente o comprovante das despesas e assine um termo de responsabilidade.
Investigado por fraude:
O deputado rondoniense, Expedito Neto, já responde desde 2016 a uma acusação feita pelo Ministério Público Federal por fraude no uso de verbas do gabinete. A denúncia feita pelo MPF foi encaminhada ao Ministro Gilmar Mendes, relator do processo. A acusação é de peculato e outros crimes eventualmente ligados, os quais estariam sendo cometidos desde fevereiro de 2.015.
Segundo a denúncia, o deputado federal rondoniense teria utilizado a cota parlamentar para locar veículos que, na realidade, ele estaria adquirindo ou seriam de sua propriedade, além de outros de pessoas de sua família. O MPF juntou à denúncia documentos de fontes públicas que reforçam a suspeita.
Autor: Osias Labajos/Congresso em foco