Daniel Henrique Barbosa, acusado de matar Lourenço da Costa com tiros de arma de fogo na noite do dia 8 de setembro de 1997 na Fazenda Expresso Barreto, localizada na cidade de Chupinguaia, foi condenado nesta quinta-feira, 14, a sete anos de reclusão em regime semiaberto.
Segundo consta no processo, Daniel Henrique foi denunciado pelo Ministério Público por ter praticado o crime juntamente com Antônio Moll por motivo torpe (ato que impede a vítima de se defender), quando Lourenço estava dormindo no alojamento da fazenda.
O réu que foi interrogado em Juízo, tentou distorcer os fatos, e disse que no dia do crime, estava acompanhando Antônio Moll em seu veículo quando pararam próximo ao local em que a vítima estava e este teria lhe dito que buscaria umas roupas.
Ao retornar ao carro, Daniel falou que Antônio lhe disse que tinha atirado duas vezes em Lourenço obrigando-o a acompanhá-lo e ficar em outra cidade por oito dias. Antônio em seu relato, por sua vez, atribuiu a autoria do crime a Daniel.
Conforme o processo, o depoimento de Daniel foi desmentido pelo gerente da fazenda, que contou que o crime foi praticado pelos dois, já que ambos teriam ido ao local onde a vítima estava dormindo e mataram a tiros. Além disso, a testemunha relatou também, que depois de ter praticado o crime, ambos fugiram da fazenda.
Na sessão do Tribunal do Júri realizada nesta quinta-feira, 14, o Promotor de Justiça, João Paulo Lopes, requereu a condenação do réu por homicídio simples com a exclusão da qualificadora do recurso que dificultou a defesa da vítima. Já a Defensora Pública, Ilcemara Sesquim Lopes, requereu a absolvição do acusado por negativa de autoria, e como tese alternativa a exclusão da qualificadora.
Após o resultado da votação dos jurados, o acusado Daniel Henrique Barbosa foi condenado pela prática de homicídio simples e a Juíza de Direito Liliane Pegoraro deu a sentença de sete anos de reclusão em regime semiaberto.
Texto: Abel Labajos
Fonte: Folha de Vilhena
