Cerca de 1400 servidores de educação de Rondônia ocuparam na manhã desta sexta-feira (23), o térreo do prédio da Seduc, em Porto Velho. Os manifestantes exigem que o secretário de educação fale com a categoria e apresente uma proposta, já que até o momento nada se resolveu desde o início da paralisação. Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (Sintero) disseram que só desocupam o local mediante ao atendimento das exigências.
A greve que já dura há mais de um mês, foi deflagrada no dia 21 de fevereiro e segue por tempo indeterminado em várias escolas de Rondônia. A principal reivindicação da categoria é a valorização salarial dos professores.
De acordo com o site do sindicato, foi apurado pela direção do Sintero que em Porto Velho a paralisação foi superior a 30%, sendo que em algumas escolas a adesão foi de 100%. Já no interior do Estado à adesão foi maior, chegando a 80% em alguns municípios.
Na última quinta-feira, 22, os servidores realizaram o protesto no município de Ariquemes, município onde vive o atual Governador do Estado, Confúcio Moura. Em forma de protesto, um caixão e velas foram colocados na calçada em frente a casa de Confúcio.
No último dia 16, a audiência realizada pelo Tribunal de Justiça em busca de acordo, não teve resultado positivo. O desembargador estabeleceu multa por dia letivo de R$ 100 mil, com limite de R$ 1,5 milhão ao Sintero, caso o movimento grevista fosse continuado. Foi estabelecida também uma multa de R$ 3 mil por dia letivo à presidente e membros do sindicato, com limite de R$ 15 mil. A ordem não intimidou os grevistas que decidiram manter a greve na rede estadual de ensino.
A greve deve permanecer até que o Governo do Estado chegue a um acordo definitivo com o sindicato dos servidores de educação.
Texto: Redação