A Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) constatou redução de 80% no número de casos de dengue, zika vírus e chikungunya em Rondônia. “É algo relevante, porque passamos janeiro, mês considerado o de maiores picos do Aedes aegypti [mosquito transmissor], e o período crítico ficou para trás”, afirmou a diretora Arlete Baldez.
A Agevisa recomenda cuidado máximo, mesmo com a redução do número de casos confirmados, que caíram de 720 para 47 no período de 1º de janeiro à primeira semana de fevereiro, em relação ao ano passado.
“A orientação virou mantra, e nós repetimos isso constantemente aos municípios”, assinalou a diretora. “Não relaxem, evitem deixar recipientes com água, porque eles são potenciais criadouros desse mosquito que se reproduz em ciclo de sete dias”, emendou.
A Coordenação Estadual de Controle de Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti recomenda faxinas semanais em casas, quintais e terrenos. Criadouros devem ser removidos.
Este é o comparativo do período de 1º de janeiro à primeira semana de fevereiro: no ano passado ocorreram 2.127 casos notificados, dos quais, 720 confirmados; este ano, dos 293, apenas 47 se confirmaram.
A diretora ressalvou que a Coordenação Estadual aguarda resultados de novos exames no Laboratório Central.
Buritis [32,3 mil habitantes], a 237 quilômetros de Porto Velho, por rodovia, apresentou-se o mais problemático em 2017. No Levantamento do Índice Rápido de Aedes aegypti [LIRAa], o município estava acima de 10%.
A dengue não é transmissível quando o índice está abaixo de 1%, entretanto, acima de 4% oferece risco de epidemia e surto. Segundo Arlete Baldez, Buritis tinha grande probabilidade disso, mas conseguiu conter o número de casos e ficou na faixa dos 3% de LIRAa.
A continuidade da inspeção é a receita mais eficaz para este e outros municípios que tiverem decretados estados de alerta ou risco. “Felizmente, hoje, nenhum município de Rondônia se encontra em situação epidêmica”, salientou a diretora.
UBV À DISPOSIÇÃO
Municípios que por acaso tiverem índice acima de 4% têm como pedir socorro à coordenação estadual.
Se ocorrer o pior, 15 veículos da central de UBV [aspersão a ultra baixo volume] estão prontos para apoiar o município afetado. O estado tem estoque disponível de inseticida.
“A equipe técnica avalia, a coordenação estadual autoriza, e o atendimento é imediato”, garantiu.
A coordenadoria estadual capacitou um supervisor da dengue em cada regional de saúde. Ele dispõe de veículo, notebook, diárias e combustível para eventuais deslocamentos parta monitoramento in loco.
“A equipe dá assessoramento à equipe técnica local, desconcentrando dessa maneira o trabalho geral, e o resultado se torna ainda melhor com o envio de informações periódicas à Agevisa”, explicou a diretora.
Fonte: Governo de Rondônia