O servidor público F. F. B, de 33 anos, preso após tentar fraudar teste do bafômetro para liberar policial rodoviário no último sábado, 20 de janeiro, foi exonerado do cargo de chefe de fiscalização na CIRETRAN de Vilhena.
A informação foi dada pela assessoria do Detran, órgão estadual, que anunciou que o servidor foi destituído do cargo de chefia pela Direção Geral do DETRAN.
Contra o servidor foi aberto um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) junto à Corregedoria do DETRAN para apurar e deliberar sobre o tipo de punição administrativa cabível.
O fato
Conforme a ocorrência policial, no sábado (20), o servidor público teria facilitado o teste de bafômetro a um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que caiu numa blitz apresentando sintomas de embriaguez em uma operação da Lei Seca realizada pela Polícia Militar.
Na ocasião, o policial rodoviário levado ao chefe de operação teria recebido do servidor, balas e água e só após 10 minutos foi realizado o teste do bafômetro.
Entretanto, os dois policiais militares que estavam no local e presenciaram toda a ação, observaram quando o policial rodoviário colocou a boquilha do aparelho na lateral da bochecha e assoprou, não realizando o teste corretamente. Além disso, o dedo do servidor do órgão estadual apertava o botão do aparelho, fazendo com que o teor alcoólico não se constatasse, apresentando 0,0 mg/L de alcoolemia por ar expelido dos pulmões.
Após a ação, os policiais militares acionaram o sargento da polícia militar e diante dos fatos, o servidor e o policial rodoviário foram presos em flagrante, sendo apresentados na Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) de Vilhena.
Além disso, o aparelho e o guia de controle também foram apresentados, comprovando junto ao delegado, que o servidor em nenhum momento realizou o teste do bafômetro, já que nem o tempo de sopro e nem a constatação do exame do PRF foram realizadas.
Na delegacia, o servidor público assinou o Termo Circunstanciado (TC) e foi liberado.
Outro lado
Pelo telefone, o servidor público afirmou que não praticou tais atos, mas que ofereceu água ao policial da PRF pelo fato do mesmo ter dito que ingeriu apenas uma latinha e que o procedimento é realizado com todos os condutores que não apresentam sintomas de embriaguez. Ele também afirmou que a ação da PM foi correta mediante a dúvida de infração e que não recrimina os policiais militares.
Texto: Redação FOLHA DE VILHENA