Agente do DETRAN foi apresentado na Unidade Integrada de Segurança Pública
O caso foi registrado durante a madrugada deste sábado, 20 de janeiro, na avenida Major Amarante, em frente à farmácia RD Farma, no Centro da cidade, durante a operação Lei Seca.
Um policial militar havia ordenado que o motorista de um carro que transitava pela avenida Marques Henrique parasse na blitz, contudo, o condutor parou em frente a um restaurante e desceu. Ao ser informado de que deveria ter obedecido a ordem e que iria ter de fazer o teste do etilômetro (bafômetro), o homem se apresentou como sendo um policial da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O militar então disse que mesmo assim, ele iria precisar fazer o teste do etilômetro, momento em que foi levado até a mesa do chefe da operação, identificado como F.F.B, de 33 anos.
O motorista então se apresentou novamente como sendo da PRF, onde o funcionário do Detran lhe ofertou balas e água, e somente após 10 minutos, realizou o teste do bafômetro, contudo, o policial militar afirma que chefe não havia realizado o teste em ninguém e que somente pelo fato de tratar-se de um policial que realizou ele mesmo o teste no motorista.
Além disso, o policial observou que o policial rodoviário colocou a boquilha do aparelho na lateral da bochecha e assoprou, não realizando o teste corretamente e que o dedo do servidor apertava o botão do aparelho, fazendo com que o teor alcoólico não se constatasse, apresentando 0,0 mg/L de alcoolemia por ar expelido dos pulmões.
Diante disto, o militar comunicou o sargento da Polícia Militar, tendo como testemunha outra militar que viu as mesmas ações praticadas por Felipe.
Diante dos fatos, Felipe foi preso em flagrante pela pratica do crime de prevaricação, sendo o funcionário do Detran juntamente com o policial da PRF apresentados na Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp), onde também foram apresentados os aparelhos e o guia de controle dos aparelhos, comprovando-se junto ao delegado, que Felipe em nenhum momento realizou o teste do etilômetro, uma vez que nem o tempo de sopro e nem a constatação do exame do PRF foram realizadas.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o crime cometido por Felipe e a ocorrência poderá ser apresentada ao Ministério Público e a corregedoria do DETRAN que irá apurar os fatos.
Felipe foi liberado após assinar Termo Circunstanciado (TC) e por telefone afirmou que não praticou tais atos, mas que ofereceu água ao policial da PRF pelo fato do mesmo ter dito que ingeriu apenas uma latinha e que tal ato é realizado em todos os condutores que não apresentam sintomas de embriagues e afirmam terem ingerido apenas uma latinha. Ele também afirmou que a ação da PM foi correta mediante a dúvida de infração e que não recrimina os policiais militares.
Redação – Carlos Mont Serrate
Fotos: Assessoria de Polícia Militar
Folha de Vilhena
