Uma coluna do site Uol Notícias produziu uma reportagem intitulada “Cidade Pequena, Corrupção grande”. Nela, o jornalista Edson Luiz cita que entre março de 2017 e março de 2017, por tanto, em três anos, mais de R$ 10 bilhões foram desviados dos cofres municipais de todo os país.
Conforme a reportagem, o maior número de operações contra fraudes e operações desencadeadas pela PF (Polícia Federal), pela CGU (Controladoria-Geral da União) e pelo MP (Ministério Público), ocorreram no Nordeste e nas regiões do Norte e Centro-Oeste. Municípios como Pauini, no Amazonas, Miratuba no Paraná, Cantá em Roraima, Mirante da Serra e Vilhena em Rondônia, entre outros foram citados na matéria.
Ao falar dos municípios rondonienses, o jornalista destaca que, em Mirante da Serra, cidade de 11 mil habitantes e com IDH de 0,643, a farra com o dinheiro público foi assustador, já que o montante desviado de R$ 18 milhões nos recursos de saúde, educação e em programas sociais quase chegou à arrecadação total do município que é de R$ 20 milhões.
O valor do rombo surpreendeu os policiais da Operação Cerberus, mas a descoberta feita nas duas fases seguintes da investigação assustou mais, já que os envolvidos na fraude tinham R$ 230 mil em espécie, além de 27 imóveis. A lista inclui fazendas, duas academias de musculação, uma clínica de estética, lojas de roupas, de informática e de produtos agropecuários, casas e terrenos, além de 950 cabeças de gado, 15 cavalos, 13 carros, 18 motos, uma lancha.
Em Vilhena com cerca de 100 habitantes, a situação também não foi diferente. Em 20 meses a cidade foi alvo de sete operações por agentes da Polícia Federal, que prendeu um ex-prefeito, seu vice, ex-secretários, além de 7 dos 10 vereadores e empresários. Segundo a reportagem, o ex-prefeito, José Luiz Rover fez delação premiada e o processo segue em segredo de justiça.
Ao falar em corrupção em Vilhena, a matéria não podia deixar de mencionar a prisão do vereador Marcos Cabeludo (PHS) e a compra de seis ônibus escolares para a prefeitura, todos com mais de dez anos de uso. Descartados para o transporte coletivo urbano, a empresa se livrou dos carros velhos e os vendeu ao município, que ficou com um prejuízo de R$ 1.2 milhões.
Texto: Redação (* informações Portal Uol)
Foto: Portal Uol