Rondônia passa a ter 22 municípios distribuídos em cinco pólos turismos regionais; anteriormente, eram 14. A atualização local do Mapa Brasileiro do Turismo foi feita pela Superintendência Estadual de Turismo (Setur), levou três meses e seguiu a normas técnicas.
O estado foi o primeiro a validar o mapa, que faz parte do Plano de Regionalização do Turismo. A ação foi considerada pelo Tribunal de Contas da União como “boa prática na administração pública”. Isso porque é uma forma de “descentralizar os recursos do Ministério do Turismo e planejar o seu orçamento com base em critérios e visões municipalistas”.
A construção do mapa exigiu muito esforço. Começando pela qualificação do interlocutor da Setur, Idebert Corrêa, que participou de oficinas em Brasília. Em seguida houve as mobilizações em Rondônia coordenadas pelo superintendente da Setur, Júlio Olivar com o apoio operacional da assessoria técnica da pasta.
Foram necessários percorrer mais de quatro mil quilômetros, promover oficinas nas cidades, visitas técnicas a atrativos turísticos e reuniões com gestores e o trade turístico. “Conversamos, sobretudo, com os prefeitos, e mostramos a eles a necessidade de se dar a devida atenção ao segmento turístico como vetor de desenvolvimento do turismo que movimenta uma cadeia produtiva que implica 52 áreas da economia”, pondera Júlio Olivar.
Dentre as exigências para o município figurar no mapa estava a assinatura do termo de adesão dos prefeitos, nomeação de um interlocutor de cada município junto à Setur e ao Ministério do Turismo e dotação orçamentária específica para o turismo. Em alguns casos, foram necessárias mudança nas estruturas administrativas que não dispunham de departamentos voltados ao turismo e muito menos recursos financeiros para o desenvolvimento das atividade.
Com as oficinas promovidas pela Setur, ficou claro a necessidade de uma engendrarem política que possa sensibilizar gestores e parlamentares para disporem de recursos e condições para um turismo eficiente. Há recursos federais disponíveis, inclusive para a iniciativa privada, que não estão sendo acessados por falta de informação e interesse expresso.
Além disso, a atuação dos municípios em circuitos regionais facilita, por exemplo, a publicidade dos atrativos e a organização dos roteiros e calendários de eventos. Portanto, estar presente no mapa significa a promoção institucional e articulada de seus potenciais.
PESQUISA DE CAMPO
As visitas promovidas pela Setur para conclusão do mapa implicaram um verdadeiro inventário turístico em todas as regiões. Os técnicos identificaram e elencaram os principais atrativos e produtos turísticos de Rondônia, entrevistando agentes da iniciativa privada e gestores públicas.
O que se constata é que Rondônia é rico e com exploração em potencial no turismo. O relatório das visitas, ainda em processo de edição, reveja um estado vasto para a exploração do turismo nas modalidades: ecológico, rural, contemplação, aventura, negócios, biológico, histórico, cultural e científico.
O QUE É O MAPA
É uma ferramenta importante para definir a estratégia de atuação do Ministério do Turismo. E para que ele seja cada vez mais efetivo na formulação das políticas públicas para o setor, o plano Brasil + Turismo prevê a atualização da ferramenta a cada dois anos, respeitando o primeiro ano de mandato dos prefeitos municipais e dos governadores estaduais e do Distrito Federal.
VEJA COMO FICOU O MAPA DO TURISMO DE RONDÔNIA POR REGIÃO
– Polo 1: Caminhos de Rondon/BR 364 – Vilhena, Pimenta Bueno, Espigão do Oeste, Cacoal, Presidente Médici, Ji-Paraná, Nova União e Ouro Preto.
– Polo 2: Vale do Guaporé – Pimenteiras do Oeste, Cabixi, Costa Marques, São Francisco do Guaporé, São Miguel do Guaporé e Alta Floresta do Oeste.
– Polo 3: Porto Velho/Candeias.
– Polo 4: Guajará Mirim/Nova Mamoré.
– Polo 5: Vale do Jamari: Ariquemes, Campo Novo de Rondônia, Cacaulândia e Alto Paraíso.
Fonte
Texto: Taciana Guzman
Fotos: Acervo Setur