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Operação desarticulada quadrilha que roubava veículos em RO, MT e outros dois estados


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Em Vilhena-RO, também foram realizadas prisões

A Polícia Civil de Mato Grosso efetuou seis prisões em Rondônia, resultado da operação “Ares Vermelho” desencadeada em quatro estados nesta quinta-feira (17/08), contra roubo e furtos de veículos. Parte dos integrantes dessa quadrilha residia na cidade de Ariquemes (RO). A operação conta com a participação de 200 policiais.

Eles emprestavam contas bancárias para recebimentos de vultuosas quantias de depósitos de origem ilícita. Essas pessoas foram identificadas pela equipe de investigação feita pela equipe do Mato Grosso em conjunto com a Polícia Civil do Estado de Rondônia.

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De acordo com o Delegado da Polícia Civil em Rondônia, Rodrigo Duarte, que coordenou a operação no estado, durante as buscas em Ariquemes foram apreendidos vários documentos que comprovam a participação dos envolvidos no esquema fraudulento. Uma arma de fogo e munições foi apreendida pelos agentes. Parte do bando agia de dentro dos presídios dando ordens para o restante da organização criminosa.

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Além de Rondônia, a operação foi realizada nos estados do Mato Grosso do Sul, Pará e Mato Grosso. Foram  cumpridos 51 mandados de prisão, 12 de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para depor, e 62 de busca e apreensão.

Como agia o bando

Segundo a polícia, os crimes eram chefiados por 4 integrantes da facção que estão presos em Mato Grosso, que encomendavam veículos a comparsas que estão soltos. A estimativa é que o esquema seja responsável por 409 roubos ou furtos dos 682 ocorridos durante os três meses das apurações.

De acordo com a Polícia Civil a quadrilha agia dentro de presídios de Mato Grosso, e mantinha alianças com facções em Rondônia, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Amazonas.

Ao longo da apuração, os policiais acompanharam em redes sociais a ação controlada de 35 eventos criminosos envolvendo roubos de veículos, receptação e manobras financeiras de aberturas de contas para depósitos, transferências e saques de valores em bancos, além de ocultação e o comércio de veículos subtraídos e clonados.

Os crimes eram liderados por quatro principais membros da organização criminosa, que estão presos em unidades prisionais de Mato Grosso. Eles encomendavam veículos para comparsas do lado de fora, que agiam como ‘soldados do crime’, executando os roubos conforme a necessidade (modelo e cor) da organização.

Assim, usando carros clonados promoviam rondas pela cidade, em grupos de três a quatro pessoas, objetivando encontrar vítimas com veículos, de acordo com as características repassadas pelos líderes. Caso encontrassem a pessoa desatenta, embarcando ou desembarcando de seu veículo, rapidamente entravam em contato com os ‘superiores’ e mencionavam o que tinham à disposição. Se o comando criminoso se interessasse pelo veículo, faziam o roubo.

Segundo a polícia, duas características faziam do roubo uma ‘ótima opção’ e a mais realizada. A primeira, pela facilidade de tomar as chaves originais (possibilitando a ação de um criminoso sem conhecimentos específicos de mecânica/elétrica – ligação direta e outros necessários para o furto) e documentos do veículo e bens das vítimas.

Na segunda característica, o perfil das vítimas, que por estarem distraídas ou em momento de descontração, possibilitava a aproximação dos criminosos e uma abordagem armada sem maiores problemas.

A investigação estima que o grupo criminoso tenha sido responsável por 60% dos roubos e furtos de veículos automotores ocorridos nos três meses da apuração. No período da investigação foram contabilizados 682 roubos e furtos de veículos (410 roubados e 272 furtados), sendo atribuído a organização 409 veículos roubados ou furtados na região metropolitana.

O ganho na revenda ou troca dos veículos de origem criminosa rende, em média, R$ 3 mil para os envolvidos. Caso não tivesse ocorrido a recuperação de 90% dos veículos subtraídos em Cuiabá e Várzea Grande, em ação das forças policiais, a estimativa de lucro seria de R$ 1,2 milhão no curto tempo da investigação.

Nome – “Ares” remete ao deus grego das guerras, da guerra selvagem com sede de sangue, daí o complemento “vermelho”, devido a cor.

Os mandados de prisão, busca e condução foram expedidos pela 7ª Vara Criminal da Capital – Vara Especializada do Crime Organizado, na investigação comandada pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA), em parceria com a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil.

Fonte: G1

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