O técnico Odilon Júnior e alguns jogadores do Vilhena Esporte Clube (VEC) cederam uma entrevista coletiva à imprensa local, na manhã desta terça-feira (11) no estádio Portal da Amazônia, reivindicando salários atrasados da diretoria do clube e ajuda do grupo empresariado e político de Vilhena.
Odilon explicou que, diversos jogadores vieram de outras cidades para representar o VEC no Campeonato Rondoniense 2017, e que mesmo após 15 dias do último jogo que eliminou o time, não foram acertados os pagamentos. “Com todas as dificuldades que passamos, conseguimos trazer o VEC até para uma semifinal, terminando o campeonato em terceiro lugar, e não tivemos nenhum respaldo por parte da diretoria e do empresariado, por isso todo mundo está nessa situação”, disse.
“Hoje, estamos aqui cobrando e reivindicando não só do Gaúcho que é o presidente do clube, mas do empresariado e o poder público da cidade que também virou as costas para o Vilhena Esporte Clube. Se alguém fora do estado conhece à cidade de Vilhena é por conta do VEC”, enfatizou.
O técnico ainda informou que, os compromissos por parte dos jogadores foram cumpridos durante o campeonato e que precisam receber os salários para sustentarem suas famílias. “Todos temos que ir embora, todos tem famílias. As passagens foram oferecidas para que os jogadores voltem para casa, mas só a passagem não adianta. Como os jogadores vão chegar em casa sem dinheiro?”, concluiu o técnico.
Conforme apurou a reportagem da Folha de Vilhena, mesmo sem receber os salários atrasados alguns jogadores do VEC já foram embora da cidade com recursos próprios e por passagens pagas por outras pessoas. Segundo a assessoria do time, cerca de 18 dos 23 jogadores do elenco que jogou no Rondoniense 2017 são de outras cidades e estados do país, sendo que cinco jogadores são de Rondônia.
O lateral direito Tiago Santos, 24 anos de Ribeirão Preto (SP), que está há dois meses e meio com o salário atrasado explicou que, o presidente está dando o respaldo para moradia e alimentação. Ele disse também que o Gaúcho está correndo atrás para pagar os salários e o que o empresariado e poder público viraram as costas para o time.
“A gente pede para quem tem condição de nos ajudar, que olhe para nossa condição, porque tem muita gente que é pai de família e que depende disso e está com a vida parada aqui. Pedimos para quem puder nos ajudar, que nos ajude, que agradeceremos de coração”, finalizou o jogador.
Durante a coletiva, os jogadores informaram à imprensa que parte do time está alojada em uma casa alugada pelo clube, e que já foram notificados pela proprietária do imóvel para desocuparem o imóvel.
Texto: Redação Fv
Foto: Petter Vargas