Cerca de 500 servidores filiados ao Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul de Rondônia (Sindsul) paralisaram suas atividades nesta terça-feira, 06, e concentraram-se em frente ao gabinete da prefeita, Rosani Donadon, no paço municipal em busca de respostas para suas reivindicações.
Trajando roupas escuras, os servidores de três categorias: educação, saúde e obras que optaram pela paralisação em sessão extraordinária, na última terça-feira, 30 de maio, alegam que seus pedidos não estão sendo atendidos pela atual administração.
De acordo com o presidente do Sindsul, Wanderley Campos, desde o início do ano, portanto, há 05 meses, a diretoria do sindicato está tentando obter respostas concretas da prefeita Rosani e sua equipe quanto às solicitações. Contudo, das 17 reivindicações, apenas uma foi atendida – a aplicação do aumento do Piso Nacional do Magistério de 7,68%; três ainda estão na expectativa e treze até agora estão sem nenhuma resposta.
– Neste ano foram realizadas várias reuniões com a prefeita e sua equipe, e em todas elas somente houve especulações e expectativas. Os servidores precisam de resposta concretas. Chega! – diz o presidente do sindicato.
Após aguardarem algumas horas em frente ao gabinete, a diretoria do Sindsul foi recebida pela prefeita Rosani e pelos secretários de fazenda e administração.
Conforme a mandatária, a cidade de Vilhena está passando ainda por dificuldades financeiras e que, além disso a folha de pagamento do setor de educação sofreu um grande impacto, o que torna inviável atender as reivindicações dos servidores imediatamente. Entretanto, deixou claro que sua equipe está analisando item por item da pauta para atender, o mais breve possível todas as solicitações.
Na reunião, o secretário de administração, Miguel Câmara enfatizou também que o salário de todos os servidores municipais está sendo pago na última sexta-feira do mês como determinado pela prefeita, que os processos de pagamento de 160 professores com pós-graduação dos professores foram inseridos na folha de janeiro e que além disso, foi feito um estudo impacto de todos os retroativos, entre outros avanços.
Um dos pontos mais discutidos na reunião, é no que diz respeito a revisão do salário mínimo vigente e a reposição de perdas salariais de todas as classes. De acordo com Wanderlei, atualmente muitos servidores estão recebendo o salário mínimo de 2016, ou seja, até o momento não houve a correção para o salário mínimo atual.
Quanto a esse ponto, a prefeita salientou que no mês de julho será feita a revisão salarial, sendo aplicada na folha do mês de agosto, tendo em vista que para que isso aconteça precisa-se de criar um projeto de lei e depois que o mesmo seja aprovado pelos vereadores, já com relação a equiparação do regime jurídico dos professores de 30 horas para 40 horas, o secretário de administração disse que esse item será estudado nesta ano para ser atendido em 2018.
Ao finalizarem a reunião, o presidente solicitou à prefeita para que não seja descontado o dia de hoje na folha de pagamento dos servidores que aderiram à paralisação, pedido este atendido pela chefe do poder executivo.
Após isso, a prefeita foi até a porta do gabinete, onde aguardavam os servidores e explicou mais vez, as dificuldades financeiras do município, contudo salientou que várias reivindicações serão atendidas.
Itens como adequação do vale transporte para R$ 132,00 e auxílio alimentação para foram debatidos.
Texto e foto: Redação