Visita surpresa evidenciou descaso por parte da administração pública
Os vereadores França Silva (PV), Ronildo Macedo (PV), Samir Ali (PSDB), Rafael Maziero (PSDB) e Célio Batista (PR) foram recepcionados por Wagner Borges, diretor do Hospital Regional de Vilhena Adamastor Teixeira de Oliveira, na manhã desta sexta-feira, 5 de maio.
Entre os itens que estão faltando e estão na iminência de acabar estão feijão, óleo, guardanapo, embalagem plástica , arroz, marmitex, hipoclorito, amaciante, esponja, sabão pedra e barra, sabonete de lavar as mãos e papel higiênico. Para suprir a falta desses produtos os próprios servidores estão comprando do próprio bolso, apesar do racionamento.
Uma das explicações dadas é que a licitação está demorando, ação que depende do secretário municipal de Saúde Marco Aurélio Vasquez. Os vereadores elogiaram o esforço do diretor que está comprando itens do próprio salário.
A limpeza do hospital não está sendo a ideal devido à falta de funcionários. Falta gesso e há dificuldade para abastecer até os lençóis.
Na farmácia foi constatada a falta de medicamentos como adrenalina, hidrocortizona, trombolitico e clexane, necessários para o tratamento de infarto e arritmia. Os servidores relataram que conseguiram uma doação de 500 ampolas de oxitocina da cidade de Machadinho do Oeste. “Falta álcool 70, gaze hospitalar e a máquina de Raio X é de péssima qualidade o que dificulta o atendimento e a precisão do diagnóstico”, desabafou um dos médicos.
Nos leitos, os pacientes denunciaram que eles são obrigados a comprar os próprios medicamentos. Esse é o caso de Edimilson Palmeira, que acompanha seu João, um paciente que sofre de pneumonia. Ele comprou Neo Fedipina e Espironolactona.
O doutor André se queixou do salário defasado e espera que aconteça o processo de seleção para suprir a falta de médicos. “O teto do salário do médico não pode superar o da prefeita, por isso não podemos fazer mais plantões porque pode exceder o valor da remuneração. Fora de Vilhena, os médicos chegam a ganhar mais do que o dobro, os que ficam aqui são os que têm família”, desabafou o medico,
Na sala de ortopedia, os vereadores viram pacientes recebendo soro com faixa devido à falta de esparadrapo. Um deles usava um litro improvisado para poder pressionar os pinos de uma perna fraturada.
Foi visto também a falta de enfermeiros e técnicos, houve quem relatou ter visto baratas na hora de dormir.
Os vereadores foram até a imprensa local para denunciar o descaso e cobrar ações que sanem a situação caótica da Saúde do município.
DICOM – Câmara de Vilhena