Infrator acabou preso e na residência foram apreendidas quatro munições de calibre 38
O caso foi registrado na noite desta sexta-feira, 05 de Maio, em uma residência localizada na rua 1.502 esquina com a avenida Florindo Santini (1.515), no bairro Jardim Primavera, em Vilhena.
Conforme apurado, a vítima identificada como Jean T. da Costa, 19 anos, acionou a Polícia Militar informando que estava chegando em sua casa e deparou-se com Juçara Garcia Soares, 30 anos, caída em frente sua casa e chorando muito e que com isso, ele a socorreu e perguntou o que havia ocorrido; Juçara então disse que teria discutido com o esposo e pediu um copo de água.
A vítima levou Juçara até a porta de sua casa e deu um copo de água para a mesma, momento em que o acusado José Laucir de Souza Mateus, 41 anos, invadiu o quintal e proferiu as palavras ❝Sai para fora daí para aprender como se meche com mulher dos outros,❞ fazendo ameaças de morte ao jovem Jean.
Juçara então disse para Jean que fugisse dali, pois seu marido era perigoso; dando a entender que o acusado iria buscar uma arma para executar o jovem. José teria arrastado a esposa do quintal até a residência do casal, localizada em frente ao local dos fatos.
Jean então trancou-se no banheiro, momento em que José Laudir voltou a invadir a residência e desferir socos na janela da cozinha. A vítima informou que ouviu dois disparos de arma de fogo e que em seguida, o acusado evadiu-se.
Vizinhos informaram que José Laudir é empresário e que logo ao sair da casa de Jean tomou rumo ignorado e retornou alguns minutos depois, adentrando para dentro da casa em que reside com a esposa e que haviam manchas de sangue pela rua e na entrada da casa do infrator. Os vizinhos alegaram ainda que acreditavam que Juçara estaria sendo mantida refém ou até mesmo poderia ter sido morta pelo infrator.
Diversas guarnições da Polícia Militar foram ao endereço e chamaram por diversas vezes por José e Juçara, mas estes, apagaram as luzes e negaram-se em abrir a porta da casa. Mediante as informações de que Juçará poderia estar ferida ou sendo mantida refém, os policiais adentraram ao quintal e passaram a tentar abrir a porta, momento em que José acabou abrindo a porta, sendo constatado manchas de sangue no imóvel e um ferimento na mao direita.
José alegou que o ferimento foi causado pelos socos que desferiu nos vidros da janela do imóvel onde reside Jean, sendo assim, solicitada a presença da unidade de resgate do Corpo de Bombeiros para prestar os atendimentos ao acusado.
Foi realizada revista minuciosa na casa de José, uma vez que, vizinhos disseram que o mesmo tinha uma arma de fogo, tendo sido localizadas quatro munições intactas de calibre 38 e uma caixa vazia de um Red Dot luneta da marca CBC, dos quais, José não soube precisar a origem.
A perícia da Polícia Técnico-Científica (Politec) realizou os trabalhos tanto na casa de Jean, quanto na rua e na residência do infrator, não sendo constatados disparos de arma de fogo.
Os envolvidos foram conduzidos para Delegacia de Polícia Civil, onde o empresário responderá por posse ilegal de arma de fogo, ameaça, violação de domiílio e danos ao patrímônio privado.
Carlos Mont Serrate
Folha de Vilhena