Na última sexta-feira, 14 de abril, Vilhena registrou o 11° homicídio do ano, ocasião em que Jocelito Batista de Lima, 35 anos, foi morto à tiros, na casa onde morava localizada na avenida 1.515, próximo à avenida Perimetral, no bairro Jardim Primavera. O autor dos disparos teria sido o proprietário do mercado Peg Pag, identificado como Daniel Lacerda do Nascimento, 46 anos.
O réu confesso procurou à Delegacia de Polícia Civil de Vilhena acompanhado do advogado e revelou detalhes do crime, esclarecendo a motivação do homicídio.
Em depoimento, Daniel disse que tudo começou quando um ex-funcionário por nome ❝Roberto❞ foi até o mercado e agrediu a esposa do comerciante com um soco, ocasião em que os envolvidos foram parar na delegacia e tão logo, liberados.
Após serem liberados da delegacia, Roberto teria retornado ao mercado Peg Pag e feito duras ameaças a Daniel, momento em que Jocelito tomou as dores do ex-funcionário e também fez ameaças de morte e proferiu insultos ao micro-empresário. Já na sexta-feira, 14 de abril, Jocelito teria ido até a chácara de Lacerda e dito que ele não passaria das 18 horas daquele dia.
Amedrontado pelas ameaças que sofreu, Daniel alegou que foi até uma boca de fumo onde encontrava-se Jocelito e pedido para que ele não fizesse nada com ele, pois ele não faria nada com ninguém, nem mesmo quando seu filho Mateus Rezende foi assassinado cruelmente durante uma festa de réveillon. ❝Pelo amor de Deus, você me faz nada e eu não faço nada com você. Não me vinguei nem do rapaz que matou meu filho,❞ disse Daniel à Jocelito.
Neste momento, Jocelito teria lhe dado um soco e desferido um golpe conhecido como gravata, gerando lesão corporal, confirmada através de exame de corpo de delito, momento em que enfurecido com tais atos, Daniel foi até o carro e se apossou de um revólver Taurus de calibre 38, efetuando um disparo contra o peito de seu algoz, o qual faleceu minutos após dar entrada no pronto socorro do Hospital Regional.
Após o disparo, algumas das testemunhas teriam cercado o carro de Lacerda, que para defender-se, efetuou vários disparos de alerta, tendo evadido-se do local rapidamente e fugido para a cidade de Ji Paraná, onde desfez-se da arma de fogo e da roupa usada no dia do crime.
O delegado responsável pelo inquérito colheu o depoimento do acusado e o liberou em seguida, uma vez que o mesmo não encontrava-se mais no estado de flagrante, contudo, ele deverá responder criminalmente pelo homicídio.