A unidade do Frigorífico JBS em Vilhena, recebeu uma visita técnica nesta sexta-feira (7). A inspeção foi promovida pela Superintendência Federal de Agricultura em Rondônia (SFA-RO), ligada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com outros órgãos do segmento de agronegócios e fiscalização. O objetivo da ação, segundo as autoridades, é certificar a qualidade da carne do estado.
Ao todo, existem 11 unidades que tem o Selo de Inspeção Federal (SIF) em Rondônia e são supervisionados e fiscalizados pelo Ministério da Agricultura. Esses frigoríficos comercializam carne para o mercado interno e externo, como o JBS de Vilhena, que exporta para países como os Estados Unidos, Rússia e Malásia.
O superintendente federal de agricultura, José Valterlins Calaça Marcelino, enfatiza que nenhuma unidade de Rondônia foi vinculada à Operação Carne Fraca. Mas a notícia de possíveis irregularidades afetou a produção e comercialização em todo o país. “Devido a este momento, que está havendo dúvidas da qualidade da nossa carne, resolvemos junto com várias parcerias, mostrar para sociedade o procedimento que é feito no dia a dia. A inspeção federal tem uma fiscalização permanente na unidade. Todo dia temos um auditor que acompanha desde a chegada do animal até o processo para a comercialização”, esclarece o superintendente.
Conforme a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), a produção de carne em Rondônia tem crescido nos últimos anos. Em 2016, foram abatidos 2,784 milhões de cabeças de bovinos no estado, enquanto em 2015 foram 2, 5 milhões. Em 2017, os primeiros meses estariam superando a média dos primeiros meses do ano anterior, mas sofreu uma queda após a operação da Polícia Federal.
A unidade da JBS em Vilhena tem capacidade para abater até 1, 5 mil cabeças de gado por dia, e emprega 1.219 funcionários. Contudo, segundo a Seagri, a média diária caiu para 800 animais após a deflagração da Operação Carne Fraca, quando alguns países suspenderam a compra da carne brasileira.