O Corpo de Bombeiros de Vilhena notificou, nesta quinta-feira (15), a Secretária Municipal de Meio Ambiente (Semma) e a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) para tomarem providências a respeito de uma erosão de cerca de 12m de profundidade que se formou no final da Avenida Curitiba, no Bairro São Jerônimo. De acordo com o órgão, as famílias que moram ao redor correm risco de vida ficando no local, pois com as constantes chuvas, há a possibilidade de desmoronamento.
O subtenente Luiz Antônio Bueno explica que o solo ao redor da erosão está abalado e que é necessário realocar de maneira imediata as pessoas que residem há no mínimo 50m da cratera. No documento também é solicitado que a Semma e Semosp apresentem um estudo técnico para tentar conter o aumento da erosão.
“Não temos condições orçamentárias para interditar a área e tirar as pessoas dali. Se tivesse uma Defesa Civil no município, eles fariam uma documentação e o Governo Federal alimentaria financeiramente o que eles precisassem. Fazemos o que está ao nosso alcance, que é de notificar os órgãos responsáveis”, explicou Bueno.
A erosão está localizada em um dos trechos da obra de macrodrenagem, iniciada em 2012. O objetivo da prefeitura era conduzir, por baixo da terra, a água das chuvas e com isso, evitar alagamentos e erosões na cidade. Porém, há três anos a construção está estagnada no ponto devido a problemas na aprovação do projeto.
Conforme a Secretaria de Integração Governamental (Semig), o que provoca o aumento da erosão são as águas pluviais que descem de outros bairros. No final do mês de novembro, a Semosp realizou uma obra emergencial de contenção, criando barreiras de terra para tentar amenizar a força da queda d’água. No entanto, a medida não aguentou as chuvas das últimas semanas e cedeu em diversos pontos.
Moradores relatam estarem preocupados com a situação e que mesmo denunciando o caso várias vezes, o problema parece ser ignorado pelas autoridades. “Esses meses veio um homem da prefeitura aqui e deu uma olhada. Disse pra gente que ia chamar um engenheiro responsável pela obra para que ele desse um jeito, só que não veio mais ninguém. Nós só vemos chegar caminhões trazendo entulhos, galhos de árvore e até lixo dentro, enquanto isso, a erosão continua aumentando”, desabafou o morador Josimar Soares de Almeida.
O G1 telefonou para a assessoria de comunicação da prefeitura, mas as ligações não foram atendidas. O Corpo de Bombeiros informou que ainda nesta quinta-feira (15), irá se reunir com o Ministério Público (MP) para discutirem sobre o assunto.
Texto e foto: G1/RO