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Escola Vilma Vieira encerra ano letivo com progressos no Atendimento Educacional Especializado


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A escola Vilma Vieira é destaque no quesito de Atendimento Educacional Especializado, sendo classificada pela comunidade como uma das melhores salas de AEE no município de Vilhena

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Mais um ano se encerra e junto com ele, o ano letivo de todas as escolas do município de Vilhena. Porém, a reportagem do site Folha de Vilhena esteve visitando a sala de Atendimento Educacional Especializado – AEE da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Vilma Vieira, em Vilhena.

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A escola Vilma Vieira é destaque no quesito de Atendimento Educacional Especializado, sendo classificada pela comunidade como uma das melhores salas de AEE no município de Vilhena.

Desde 2009 a sala do AEE, como é chamada por funcionários, pais e alunos, vem realizando um brilhante trabalho, tendo à frente profissionais dedicadas e apaixonadas pelo trabalho ofertado, detalhe este que conta muito no atendimento às crianças.

Num cantinho aconchegante e repleto de materiais pedagógicos, as professoras Iara Aparecida Verde de Assis e Professora Ana Dias Ardaia atendem crianças e adolescentes com deficiências múltiplas, ou seja, quando há ocorrência de duas ou mais deficiências simultaneamente, entre elas, deficiência intelectuais, físicas ou ambas combinadas.

Jeovane

Esses atendimentos são ofertados aos alunos que não conseguem de nenhuma forma realizar as atividades mais simples. A professora e orientadora Iara explica que, as limitações exigem que o ensino seja adaptado de acordo com suas necessidades de cada um.

Jeovane Costa da Silva tem 18 anos e cursa hoje o 9º ano, ele estuda na escola desde o 6° ano e diz que a melhor coisa que pôde lhe acontecer foi ter acesso a essa sala. “Venho duas vezes na semana, segunda e quinta-feira. É muito divertido, aprendo muitas coisas”, disse.

A professora Edna Maria Santos acompanhou Jeovane nesses últimos dias, ela trabalha na Orientação da escola, mas estava estagiando na sala do AEE.

A mãe de Jeovane, Dona Fátima, diz que antes do AEE, o filho não tinha habilidade para nada. “Hoje, com um ano e meio de AEE, ele é mais feliz, talentoso, disposto, consegue fazer os trabalhos, ama montar e colar. Para ele, os desafios vencidos são comemorados com muita vitória e para nós (pais) também”, disse Fátima, relatando também que outras pessoas deveriam conhecer esse atendimento. “Talvez, se eu tivesse conhecido antes esse projeto, não teríamos perdido tanto tempo em casa, sem saber o que fazer com ele”, concluiu.

Na oportunidade, Fátima cobra das autoridades municipais a disponibilização de um profissional para atender Jeovane, que tem Distrofia Muscular Degenerativa.

Para a professora Iara, neste ano de 2016, houve muitos desafios, como por exemplo, a chegada de uma aluna com deficiência auditiva. Emily está cursando o 1° ano do ensino fundamental e a escola precisou se adequar para trabalhar com a aluna. “Todos nós precisamos nos adequar, professores e servidores. A aluna veio da escola Abílio e junto com ela veio a interprete Michele”, contou Iara.

Iara fala também sobre os alunos Davi e Felipe, que citamos na última matéria realizada sobre o AEE, “eles já evoluíram bastante, inclusive o Davi já não usa mais fraldas, pede para ir ao banheiro. Felipe melhorou 100% na leitura”.

Os atendimentos são realizados individualmente para cada criança, para que as diferenças sejam trabalhadas da maneira que o aluno necessita.

Alguns alunos não possuem laudos, como o caso de Gabriel de S. Fernandes, que tem 11 anos e está cursando o 4° ano. “Ele não possui laudo, mas está sob investigação, com procedimento para psicóloga. Nossos diagnósticos são como professores, mas precisamos de laudo”, disse a professora Iara.

E a maior dificuldade ainda, se encontra nessa parte de encontrar um laudo para o aluno, pois a LEI exige um laudo médico que informe a deficiência do aluno. Informando onde está sua maior necessidade, se é um transtorno, uma síndrome, uma deficiência física para que então possamos trabalhar diretamente na necessidade do educando.

A sala atendeu neste ano de 2016, 10 alunos no período matutino e 12 alunos no período vespertino. Iara destaca que, todos os trabalhos realizados pelo AEE são graças ao apoio de Rozileia Campos Siqueira, Gerente de Educação Especializada da Semed. “Ela não mede esforços para estar nos capacitando cada vez mais. São visitas, cursos, reuniões, enfim, encontros que fortalecem e aperfeiçoam nossos conhecimentos para atender essas crianças”.

Vilhena hoje é referência nessa área de Atendimento Educacional Especializado, contando com duas faculdades que ofertam a especialização nos cursos de pós-graduação.

Um dos principais objetivos é facilitar a autonomia do aluno dentro da sala de aula, portanto, os trabalhos desenvolvidos na sala AEE visa complementar tudo aquilo que falta na sala de estudo regular. Além de cuidar de detalhes importantíssimos, como a adaptação de material, por exemplo, um aluno com pouca mobilidade há necessidade de conversar com o professor e saber se ele necessita de um engrossador de lápis, uma prancha, uma mesa especial, entre outros.

E finalizando, a professora Iara destacou a importância e dedicação da gestão escolar em auxiliar e estar sempre presente, contribuindo para que os projetos sejam executados com sucesso em cada área.

Em Vilhena todas praticamente em todas as escolas da rede municipal de ensino, esse trabalho é desenvolvido por outras professoras do AEE, todas com especialização, mas com o mesmo comprometimento e responsabilidade, cuidado e dedicação para com nossos alunos mais que “especiais”.

Fonte: Redação

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