Milene Fernandes começou a jogar futebol aos nove anos, como brincadeira, sem pretensão de seguir profissionalmente a carreira de jogadora. Por gostar muito do esporte e ser incentivada pela família, entrou na escolinha de futebol professor Tato, em Cacoal, RO, e mesmo sendo a única menina do grupo, permaneceu jogando. Aos 21 anos foi convocada para a Seleção Brasileira de Futebol Feminino.
A participação no Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino deixou a rondoniense em destaque. Rio Preto, atual time da rondoniense, ficou como vice-campeão, e Milene foi eleita a melhor atacante da competição, e craque do campeonato. Logo após o destaque, foi convocada para jogar no Torneio Internacional de Futebol Feminino, que será realizado em Manaus, AM, entre os dias 7 e 18 de dezembro.
Milene se apresenta na seleção dia 28 de novembro. A artilheira do Campeonato Brasileiro, com 13 gols, foi a melhor jogadora da temporada e acredita que esse foi o caminho para convocação.
– Não imaginei que seria convocada, mas com o destaque do meu trabalho após o brasileiro, acredito que ficou mais fácil, foi uma surpresa gostosa que me fez voltar ao tempo e perceber mais uma vez que valeu a pena, e que estou no caminho certo. Meu sonho de criança se realizou e só tenho a agradecer todos que fizeram parte dessa caminhada – comenta.
Aos 15 anos a atleta começou a jogar profissionalmente, compôs o time feminino do Atlético Mineiro, em Belo Horizonte, MG, depois atuou em Brasília, DF, pelo clube Minas Icesp, passando por Mato Grosso, São Paulo, e Rio Preto, time que ainda atua. Pelo atual time, Milene teve a agenda de jogos cheia em 2016.
A atleta comenta que toda a dedicação é devido ao grande incentivo do pai, e de seus professores, desde a primeira escolinha de futebol. E que o foco agora é manter o padrão de jogo, e mostrar que Rondônia é fábrica de craques.
Na mala as experiências e boas lembranças acompanham a rondoniense, que divide o tempo entre treinos, jogos e estudo. A lembrança mais forte da infância e início da carreira esportiva, foi quando percebeu que jogar bola era mais que diversão.
– Minha família sempre gostou de futebol, lembro que uma vez fomos assistir uma peladinha que as meninas da minha cidade sempre marcavam, como faltou uma jogadora, me chamaram, isso foi no Riozinho. Quando comecei a jogar com elas, percebi que era mais que uma diversão.
A atleta divide seu tempo entre treinos, jogos e estudo, e ainda comenta que a saudade de casa é um dos maiores desafios que enfrenta na carreira. Para conter a saudade, Milene comenta que foca nos treinos e vez ou outra tenta matar a saudade com ligações. Há três anos sem voltar em Rondônia, a atleta explica que a falta de tempo é outro desafio.
Por: Lívia Costa/Pvh
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