O empresário Sullyvan Lopes Araújo, agora com 37 anos, foi condenado a oito anos de reclusão pelo Tribunal do Júri no Fórum de Vilhena (RO), região do Cone Sul. Ele é acusado de matar o agricultor Nelson Macedo, de 52 anos, com um tiro de espingarda em maio deste ano. O julgamento aconteceu na quarta-feira (9).
Os jurados consideraram Sullyvan culpado por homicídio, posse de munição e lesão corporal leve, cometido contra o filho da vítima. De acordo com os autos, o crime foi motivado por causa de desentendimentos entre o réu e a vítima, em um negócio de compra e venda de terras.
Consta nos documentos, que o acusado foi até o local em que Nelson e o filho estavam, mesmo já tendo resolvido a situação no judiciário. Com o isso, o juízo reiterou que o réu não respeitou as decisões judiciais.
Além disso, o juízo completou que pelo apurado, o réu demonstra ter personalidade e conduta social para resolver seus problemas de forma violenta. Sullyvan foi condenado a oito de reclusão, para o delito de homicídio consumado. O cumprimento inicial da pena deverá ser no regime fechado.
Para o crime de lesão corporal leve, o réu foi condenado a quatro meses de detenção. Para o crime de posse de munição, foi arbitrado um ano de detenção e 10 dias-multa, no valor de 1/30 do salário mínimo vigente na época do crime. Por serem penas de detenção, o réu poderá cumpri-las no regime semiaberto ou aberto.
O juízo negou o direito de Sullyvan recorrer em liberdade. O G1 entrou em contato com a defesa, mas não obteve retorno.
Crime
Conforme o registro policial, por volta das 10h do dia 26 de maio, Nelson e o filho de 30 anos, estavam arando a terra com um trator, quando o acusado se aproximou do local em um veículo, e atirou com uma espingarda calibre 28 no abdômen do agricultor.
No momento em que foi trocar o cartucho, o filho da vítima iniciou luta corporal com o acusado. No entanto, ele conseguiu se libertar e empreendeu fuga a pé. A vítima foi levada no veículo de Sullyvan até o Hospital Regional. Na mesa de cirurgia, ele não resistiu aos ferimentos.
O filho do agricultor relatou à polícia que o pai e o acusado haviam discutido há pouco tempo por causa de um desentendimento comercial e que até foi realizada uma audiência na Justiça para resolver o problema. As autoridades revistaram a casa de Sullyvan, apreenderam cinco cartuchos intactos calibre 28, porém, o homem não foi localizado na ocasião.
Na tarde do mesmo dia, Sullyvan se apresentou à Delegacia de Polícia Civil acompanhado de um advogado. Ele alegou legítima defesa e foi liberado. As investigações continuaram e a polícia constatou desencontros nas declarações do empresário e pediu a prisão preventiva dele, que foi deferida pelo Judiciário.
Ele se apresentou novamente na delegacia, um mês depois, foi preso e conduzido à Casa de Detenção do município. Com a condenação, Sullyvan deve ser transferido para o Centro de Ressocialização Cone Sul.
Fonte: G1/RO