A nova Medida Provisória divulgada pelo MEC permitirá o aprofundamento em matérias em sintonia com que atendam aos anseios dos educandos
O Movimento Rondônia pela Educação, liderado pela Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) e apoiado pelo Governo do Estado, Seduc, Semed, Conselho Estadual de Educação e mais de 50 entidades e instituições, avalia como positiva a Medida Provisória 746, divulgada no dia 22 de setembro de 2016. Para a coordenadora estadual do Movimento, Raquel Serbino, a proposta reforça o que as escolas já tinham autonomia para fazer.
“Não há grandes mudanças ou novidade na divulgação da Medida Provisória. Ela vem como uma forma de resgatar as ações de mudanças que são necessárias na educação básica, para que esta atenda a contento as necessidades dos educandos. Nós temos que assegurar aos nossos jovens uma educação que o prepare para os Exames de Avaliação, como o Enem, para que ele conquiste as habilidades e competências necessárias para a vida no trabalho”, destacou a coordenadora do Movimento.
Raque Serbino explica que o ensino médio ainda está longe de atingir o patamar de qualidade desejável no Brasil. “Temos problemas sérios em relação a aprendizagem, pois ao sair do ensino médio o estudante aprende aproximadamente 24% e 5% dos conteúdos de português e matemática, respectivamente. A evasão neste ciclo chega a 30%. Do total de jovens que conseguem concluir o ensino médio, apenas 18% ingressam no ensino superior. Depois de concluir a educação básica o jovem não se profissionaliza e consequentemente não terá uma chance de adentrar ao mercado de trabalho”, avalia.
A Medida Provisória, segundo a coordenadora do Movimento, é uma oportunidade de mudança. “A publicação desta MP ratifica o que nós já sabemos. Que é preciso mudar a forma como é ofertada a educação no país. A grande inovação deste momento é que o governo finalmente nos deu uma abertura maior para fazer esta reorganização. E para isso, é necessário o engajamento de todos os atores envolvidos neste processo, escolas, gestores, educandos, família, ou seja, a sociedade civil como um todo juntamente com o poder público, pois sozinho ninguém chega a lugar nenhum”, enfatizou Raquel.
Outro ponto destacado pela professora Raquel é reavaliar o que está acontecendo dentro das escolas. “Precisamos nos perguntar de que forma a escola pode colaborar para que os alunos não abandonem a sala de aula, pois agora teremos um reajuste de quantidade de horas que os jovens permanecerão nas instituições de ensino. Não adianta fazer mais do mesmo, pois corre-se o risco de aumentar o problema da evasão”, disse.
A coordenadora do Movimento destaca ainda que é preciso uma mobilização em torno da educação básica, articulada com a educação profissional. “Uma forma de trabalhar nesta perspectiva é agregar parceiros nesta tarefa, utilizar as instituições que já possuem esta expertise, como Sistema S, para ofertar esta modalidade por meio de bolsas, por exemplo. É mais prático, rápido e terá um custo benefício que vale a pena”, disse.
O presidente do Sistema Fiero, Marcelo Thomé, pontua que a reforma do ensino médio veio em um bom momento. “Com esta mudança, haverá mais direcionamento para que caminho seguir. Precisamos urgentemente de uma educação que dialogue com o mundo juvenil e que atenda os anseios dos estudantes”, disse.
Thomé lembrou ainda que o Movimento Rondônia pela Educação levantou a bandeira em prol da educação do Estado. “Estamos trabalhando desde maio deste ano em busca de melhoria na qualidade do ensino ofertado e de assegurar a aprendizagem dos alunos da educação básica. Temos um grande suporte do Governo do Estado para fazer este trabalho. Vemos a divulgação da MP como um reforço no trabalho que já vem sendo executado em Rondônia”, concluiu.
Assessoria de Comunicação Social do Sistema Fiero