Crianças e adolescentes participam do projeto Capoeira Solidária na zona leste de Porto Velho, o realizador do projeto visa à prevenção do uso de drogas
Mais de 20 crianças e adolescentes fazem parte de um projeto conhecido como Capoeira Solidária. Aulas gratuitas de capoeira são dadas para jovens da Zona Leste de Porto Velho. O projeto criado pelo Wellington Simões, o Alegria, tem como objetivo tirar crianças e adolescentes das ruas, e prevenir o uso de drogas.
– Realização de um sonho. Não tem dinheiro que pague a satisfação que sinto ao ver essas crianças com os olhos brilhando quando iniciamos as nossas aulas – comenta Wellington Simões.
Alegria comenta que por vir de família humilde, não tinha condições de pagar para praticar algum esporte e buscava as ruas para passar o tempo.
– Vim de família pobre, e mesmo buscando na rua meu passa tempo, nunca me envolvi com drogas, mas vi vários amigos se destruindo. Busquei o esporte e a dança para passar meu tempo, e hoje me realizo ao tirar cada criança e adolescente das ruas evitando o envolvimento com drogas.
As aulas acontecem terças e quintas-feiras, na escola Risoleta Neves, zona leste de Porto Velho. Wellington estudou no Risoleta, e na época não havia atividades sociais, por isso resolveu apresentar o projeto a diretoria da escola.
Para estimular o estudo, o aluno que participa do grupo de capoeira precisa ter boas notas e bom comportamento familiar e social. Em conjunto com a diretoria, família e professores, o graduado Alegria acompanha as notas e postura dos pequenos capoeiristas.
Ao todo são 21 crianças e adolescentes que seguem firmes no projeto que já faz parte das atividades da escola há um ano e meio. Welligton, ou Alegria como é conhecido na capoeira, comenta que o esporte pode mudar vidas.
– Passei fome, dormi no chão, fui moído na vida, mas venci e o esporte foi a grande mola que me impulsionou, e seria ingrato com a vida se não devolvesse em forma de ensinamento tudo o que a capoeira me deu. Sou completamente realizado ao passar o pouco que sei, e perceber a mudança na vida dessas crianças me motiva ainda mais.
G1