Rebelião começou durante o horário de sol. Dois presos foram alvejados com tiros de borracha e sofreram escoriações. Celular e facas foram apreendidos
A rebelião foi registrada nas primeiras horas da tarde desta quarta-feira, 21 de setembro, no presídio de segurança máxima Cone Sul, em Vilhena.
Durante coletiva de imprensa, o diretor do presídio, Valdir Tavares, disse que durante o horário do banho de sol dos detentos do lado B Impar, os agentes penitenciários entraram nas celas para realizar revista de rotina e constataram vários buracos chamados de ❝mocó❞, mas que nada foi encontrado e com isso, automaticamente eles pensaram que os materiais estavam com os presidiários.
Com isso, Valdir e os agentes comunicaram estes que antes de entrarem novamente nas celas, eles seriam revistados, momento em que estes não aceitaram e começaram um dialogo pacífico e o presidiário Luiz Carlos Bandeira pediu para que eles fizessem isso outro dia, fato que levantou mais suspeitas.
Quando os agentes penitenciários foram abrir a porta da área de sol para que o presidiário visse com os demais detentos se estes aceitavam ou não a revista, os presidiários fecharam a porta e passaram a quebrar as coisas e xingar e tentaram tomar a cadeia inteira, inciando-se assim um confronto e sido solicitado apoio da Polícia Militar.
Diversas guarnições da Polícia Militar, Grupo de Operações Especiais, Polícia Ambiental e Núcleo de Inteligência chegaram rapidamente a unidade prisional, sendo necessário efetuar disparos anti-motim, ou seja, com munições de borracha, não letal.
Devido a isto, dois dos detentos acabaram baleados, contudo, sofreram apenas escoriações superficiais leves e foram encaminhados ao pronto socorro do Hospital Regional.
Os militares juntamente com os agentes penitenciários realizaram minuciosa revista e apreenderam um aparelho celular e facas e objetos artesanais cortantes.
Segundo o diretor do presídio, como é uma situação que envolve toda uma ala é complicado dar uma correção coletiva, mas que ele irá conversar com o juiz local para saber como proceder, contudo, Valdir não pensa em punição.
Das visitas
Valdir revelou que irá conversar com o juiz Adriano para saber o que fazer, mas que por hora, o lado ❝B Impar❞ possivelmente não poderão receber visitas.
Já os presidiários que estão nos lados A e B pares e o lado A Impar não teriam se envolvido no motim, sendo assim, para eles, as visitas não serão afetadas.
A reportagem acompanha o episódio.
Carlos Mont Serrate
Folha de Vilhena