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Empresário reclama do horário estipulado pelo aterro sanitário que prejudica coleta de lixo


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Conforme o proprietário da empresa terceirizada o horário comercial estipulado pela direção do aterro sanitário está prejudicando a descarga dos caminhões de lixo no local

Se o atraso de coleta de lixo da cidade de Vilhena já estava gerando incômodos à população, tudo indica que essa “novela” ainda estará longe de acabar. Há alguns meses atrás o município através do órgão de Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE abriu o processo licitatório com a finalidade de contratar uma empresa que se faça responsável pelo recolhimento de lixo. Cinco empresas entraram na concorrência, contudo, só uma venceu, sendo ela a empresa Reciclagem da Amazônia – Reciclam.

Com a classificação da Reciclam, a segunda colocada respondeu ao certame e levou o ato à justiça, sendo determinado o cancelamento do processo licitatório. Assim, o recolhimento do lixo passou a ser de responsabilidade da Secretaria Municipal de Obras e do SAAE, até o desfecho na via judicial.

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Após essa determinação, o município começou a fazer o recolhimento do lixo, entretanto, o mesmo não estava sendo realizado adequadamente, tendo em vista a precariedade do serviço prestado, já que as residências de inúmeros bairros se encontram com os lixeiros abarrotados. Devido a isso, o SAAE nas últimas semanas decidiu realizar à contratação emergencial de uma empresa terceirizada pelo prazo de 90 dias, para assim suprir a grande demanda que o município apresenta com relação ao lixo.

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Nossa equipe conversou com o Diretor Geral do SAAE, Pedro Henrique da Paz Batista, e durante a entrevista informou que a empresa terceirizada Multi Limpe tinha sido a contratada e que a mesma começou a recolher o lixo da cidade no dia 01 de agosto. Ele ainda enfatizou que todo o serviço seria totalmente regularizado, haja vista que a empresa conta com 4 caminhões coletores, equipamentos e funcionários, assim um itinerário foi traçado e os caminhões começaram a recolher o lixo com destino ao aterro sanitário.

Pois bem, com a contratação da empresa terceirizada, o lixo da cidade realmente começou a ser coletado, só que alguns impasses começaram a surgir nessa última semana. Conforme o proprietário da Multi Limpe – Antônio Tavares de Almeida, a empresa está tendo dificuldades para descarregar o lixo recolhido na cidade com destino ao aterro sanitário, já que o responsável colocou empecilhos para as descargas dos caminhões coletores.

Antônio Tavares de Almeida
Antônio Tavares de Almeida

De acordo com Tavares sua empresa está sendo prejudicada devido a estipulação de horários que foram colocados no aterro sanitário desde o dia em que começaram com os serviços, “nossos caminhões estão sendo “barrados” e nós não estamos conseguindo realizar o serviço pelo qual fomos contratados”, falou.

Tavares ainda informou que o horário previsto pelo aterro sanitário para que os caminhões de lixo façam as descargas é da 06h às 11h e das 13h às 18h, ou seja, o serviço teria que ser feito em horário comercial, contudo, para o empresário isso não tem cabimento, tendo em vista que pela quantidade de lixo recolhido na cidade, os caminhões coletores precisam de horário diferenciados.  “Para que a empresa trabalhe de forma correta o horário certo seria das 06 às 22h, sem pausa, assim, o serviço poderá atender a demanda. Não tem condições de continuar desse jeito, esse horário comercial está prejudicando a coleta, a população e a empresa”, desabafa.

Pelo contrato a empresa deveria coletar 74 toneladas/dia em média com 12 viagens, mas, segundo o responsável pela Multi Limpe, essa determinação não está sendo cumprida, sendo somente coletado entre 35 a 40 toneladas/dia com o máximo de 8 viagens, por causa do horário previsto pela direção do aterro sanitário.

Só para deslocar o caminhão da cidade ao aterro se utiliza em torno de 2h10 min para ir e voltar, assim, para fazer outras viagens e ir até o aterro já não dá mais tempo porque o mesmo está fechado e os caminhões tem que pernoitar para assim poder descarregar no outro dia às 06h da manhã”, disse.

Questionado sobre a separação do lixo que é realizado na estação de trasbordo pelos catadores, Tavares explicou que a sua empresa somente foi contratada para recolher o lixo da cidade e levá-los ao aterro sanitário, não tendo mais nenhuma responsabilidade quanto a separação e destinação dos detritos que se dão no local.

Texto e foto: Folha de Vilhena

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