Construções de pontes e galerias de concreto, rebaixamento de elevados, patrolamento e encascalhamento. Estes são serviços previstos para a melhoria da RO-482, estrada também conhecida como Rodovia do Calcário, que tem 58 km de extensão, com início na usina de calcário Félix Fleuri, inaugurada pelo Governo de Rondônia em 2014, e vai até a BR-364, saindo cerca de 80 km de Pimenta Bueno, sentido Vilhena. Para os municípios do Cone Sul do Estado, a rodovia representa economia de 200 km no transporte do calcário.
Os trabalhos de melhoria da RO-482 serão iniciados na próxima semana, assegurou o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER), Ezequiel Neiva, após inspecionar os 58 km da rodovia nesta segunda-feira (11),acompanhado do secretário de Agricultura, Evandro Padovani, do presidente da Companhia de Mineração de Rondônia (CMR), Gilmar de Freitas, e do deputado estadual Cleiton Roque, e do coordenador de obras do DER, engenheiro Joaquim de Sousa, e do residente do DER em Pimenta Bueno, Tiago Farjado, responsável pela manutenção da estrada.
Ezequiel Neiva explica que a rodovia está transitável, mas que não atende sua prioridade, que é o transporte de carretas bitrem carregadas. “As pontes de madeira não suportam o peso das carretas e ainda existem morros elevados. Na próxima semana o DER inicia os trabalhos de rebaixamento de morros e uma equipe de engenheiros também iniciará os estudos para a construção de duas pontes de concreto e uma galeria de concreto”, detalhou Neiva ao destacar que o governador Confúcio Moura listou essa estrada como preferência na ordem de atendimento.
Ao falar da importância da rodovia para agropecuária rondoniense, o secretário Padovani explica que o calcário hoje é retirado pela RO-133, saindo da usina até Espigão (50 km) e posteriormente até Pimenta Bueno e às demais cidades do estado. Padovani frisou que municípios do Cone Sul são responsáveis pela produção de 80% dos grãos em Rondônia. “O Calcário é o insumo principal para a correção do solo tanto da lavoura quanto para áreas degradadas de pastagens”, observou o secretário.
Para o secretário de Agricultura, outro ponto importante da rodovia é que as carretas que seguem carregadas do Mato Grosso e Cone Sul de Rondônia para os portos em Porto Velho, retornam vazias. Segundo Padovani, estas carretas poderiam retornar para os municípios do Cone Sul carregadas de calcário, entrando por Espigão do Oeste e já saindo na BR-364, a cerca de 120 km Vilhena, encurtando a distância e barateando o frete.
O presidente da CMR, Gilmar de Freitas, disse que a usina Félix Fleuri produz anualmente 400 mil toneladas de calcário que são distribuídos, gratuitamente, pelo Governo de Rondônia aos produtores da agricultura familiar. Destacou que outra usina, com a mesma capacidade, está em fase de construção na mesma região. “Hoje, cerca de 40 carretas saem carregadas de calcário da usina do governo e essa demanda vai dobrar”, atentou.
Secom – Governo de Rondônia