Os agentes penitenciários presos nesta quinta-feira (7), durante a deflagração da Operação Mors, vão responder processo administrativo interno e podem ser demitidos pela Secretaria de Estado de Justiça de Rondônia (Sejus), de acordo com o secretário da pasta, Marcos Rocha. Eles são acusados de envolvimento em um grupo de extermínio, composto por também por policiais, que atuavam nas cidades de Jaru e região, no interior do estado.
“Infelizmente houve essas espezinhesa, onde houve as prisões de agentes penitenciários e policiais militares. Não sei ainda quantos fazem parte de fato dessa quadrilha. É uma tristeza, porque são servidores públicos, que estão ali para servir e isso é um desserviço à sociedade. Agora eles enfrentarão não só essa prisão como também obrigatoriamente o processo interno na Secretaria de Justiça para que gente consiga apurar também e seguir os rigores da lei. A gente vai investigar também e pode resultar na demissão deles”, garante Rocha.
O grupo criminoso era composto por policiais, agentes penitenciários, um jornalista e outros pessoas da cidade, que estão envolvidos em diversos crimes como extermínio, agiotagem, corrupção, lavagem de dinheiro, abusos de autoridade, ameaças, fraude processual, intimidação de testemunhas, porte, posse e comércio ilegal de armas de fogo, segurança particular ilícita e até tráfico de drogas. Ao todo, estão sendo cumpridos um total de 49 medidas judiciais, sendo 35 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão, na sua maioria, contra servidores públicos integrantes de órgãos de segurança pública do estado. As ações ocorrem nos estados de Rondônia e Mato Grosso.
“Quando um servidor público entra nesse caminho errado ele não está pensando no prejuízo para sua própria vida, para sua esposa, para seus filhos, seus pais, um conjunto de pessoas que vão sair também prejudicados. Mas agora, cada um é responsável pelos seus atos. A Sejus tem que agir na forma que a lei determina”, finaliza o secretário.
Fonte: Rondoniagora