Vários abaixo-assinados foram protocolados para reivindicar o asfalto. A obra iniciou, mas logo em seguida parou trazendo transtornos. Moradores prometem realizar manifestações para que as obras de pavimentação sejam retomadas
A obra de drenagem pluvial e pavimentação asfáltica nos setores 1, 2, 7 e 26 – Parque Industrial São Paulo em Vilhena está se tornando a maior dor de cabeça para os moradores da região, tendo em vista que com a paralisação das obras há algumas semanas a poeira está tomando conta de todas as residências e comércios dos arredores, inclusive trazendo problemas de saúde a todos.
Há anos os moradores reivindicam asfalto naquela localidade e o que parecia em fim ter inicializado, simplesmente parou em pouco tempo deixando apenas bagunça, perigos, problemas de saúde e muita poeira.
Conforme a placa da obra, os serviços deveriam ter iniciado em 17 de agosto de 2015 com data final em 12 de julho de 2016, ou seja, pela data a Avenida Tancredo naquele bairro já deveria estar totalmente asfaltada, no entanto, a obra que deu seu pontapé inicial há dois meses parou e de acordo com os moradores vai ser bem difícil ser retomada, já que na época das águas, o maquinário não faz o serviço que é previsto na época da seca.
Há 30 anos a dona de casa, Fátima Badotti mora naquele bairro, e de acordo com a vilhenense a situação caótica daquela avenida vem se alastrando há muitos anos por falta de asfalto. “Criei meus filhos neste bairro e agora cuido de meus netos, hoje todos estamos com problemas respiratórios e fazemos inalações diariamente por causa dessa poeira que está tomando conta de todas as casas. Todos os dias levanto às 05h da manhã para limpar a casa, são três ou quatro vezes por dia que faço isso e assim mesmo parece que minha casa fica cheia de poeira, olha como está minha estante, milha geladeira, ninguém aguenta isso! Cadê o asfalto prometido, cadê!”, diz revoltada a moradora. Outro problema ressaltado por dona Fátima é a falta de coleta de lixo naquela localidade.
O filho de dona Fátima, que tem sua residência ao lado da casa da mãe, também ressaltou que com a paralisação das obras, toda a Avenida Tancredo Neves criou camadas grossas de terra que quando passam veículos levantam aquela poeira alta invadindo as residências e comércios, além claro dos buracos onde vai a tubulação que foram deixados abertos, tornando-se armadilhas que podem causar acidentes.
Após a visita ao bairro, a redação do site Folha de Vilhena recebeu a ligação de um dos moradores, e nela o vilhenense reclamou da falta de compromisso da administração pública. Conforme o cidadão, antes passava caminhão pipa para amenizar a poeira, agora simplesmente nem isso está acontecendo e quando o mesmo foi reclamar veio a surpresa, serão os próprios moradores que deverão arcar com as custas de um caminhão pipa para baixar a poeira, já que a administração não irá mais fornecê-lo.
AV. RONDÔNIA
No mês passado, comerciantes e moradores da Av. Rondônia fizeram uma manifestação e trancaram a Avenida. As obras naquela localidade também foram inicializadas, mas logo pararam, revoltando ainda mais os moradores
OUTROS BAIRROS
Por outro lado, no bairro Bela Vista e Cristo Rei ainda tem maquinários na ativa realizando os trabalhos para asfaltar ruas e avenidas.
Texto: Redação
Fotos: Nataly Labajos